31/07/2005

Fernando Pessoa



  • Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em
    mim todos os sonhos do mundo.


Fiz de mim o que não soube,

E o que podia fazer de mim não o fiz.

O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.

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