31/01/2006

Amico elettore, amica elettrice

Grazie al tuo voto ho potuto raggiungere l’obiettivo concreto di raddoppiare il mio patrimonio
in soli 2 anni.

Ecco come:
1) grazie alla legge Gasparri, nel solo anno 2004 la pubblicità per Mediaset è aumentata del 3,8%
(circa 1 miliardo e 200 milioni di euro all'anno).
2) l'appalto concesso dal Governo alla Banca Mediolanum, senza asta, per potere utilizzare i
14.000 sportelli delle Poste Italiane, mi ha reso1 milardo di euro all'anno.
3) nel 2001 la Presidenza del Consiglio (governo Prodi) aveva commissionato solo 1 milione e
750 mila euro di spot a Mediaset, nel 2002 la Presidenza Berlusconi ha commissionato 9 milioni
e 250 mila euro, ed ha aumentato ogni anno fino agli oltre 10 milioni di euro dell'anno scorso
(Economist-London).
4) come assicuratore avrò vantaggi per miliardi di euro dalla nuova legge sulla previdenza
assicurativa, già con una serie di norme a mio favore ho incassato qualche centinaia di milioni di
euro all'anno in più.
5) ho risparmiato dalla riduzione delle tasse diversi milioni di euro (e con me hanno risparmiato
mia moglie, mio fratello e i miei figli, tutti titolari di qualche fetta della mia grande redditizia
torta).
6) uno dei produttori italiani di apparecchi per ricevere il digitale terrestre è un'impresa controllata,
attraverso la finanziaria Pbf srl, da mio fratello Paolo Berlusconi, e giustamente usufruisce
dei contributi statali per il digitale terrestre. (Washington Post).
7) il decreto salva calcio mi ha fatto risparmiare 240 milioni di euro, e la riduzione delle plusvalenze
(Tremonti 2002) ha fatto risparmiare a Mediaset 340 milioni di euro.
Caro elettore, cara elettrice,
tutti dicono che c’è crisi ma grazie a questo governo, ora io sono il 25esimo uomo più ricco del
mondo. Pensa, nel 2001 ero solo il 48esimo! La crisi è chiaramente una menzogna dei comunisti.
Ti chiedo il voto per altri 5 anni e così anche il nostro Paese potrà dire che un italiano è tra i primi
10 uomini più ricchi del pianeta.
Forza Italia! La forza di un sogno!

IL MIO PATRIMONIO
2003 5,9 MILIARDI DI $
2004 10 MILARDI DI $
2005 12 MILIARDI DI $

(fonte: forbes U.S.A. novembre 2005)
Silvio Berlusconi

Noruega e Dinamarca alvos da ira dos países islâmicos

A diferença entre países livres e países fundamentalistas !

"A publicação de uma dúzia de caricaturas satíricas do profeta Maomé, por um jornal da Dinamarca e uma revista da Noruega, desencadeou uma onda gigantesca de protestos no mundo islâmico contra os dois países escandinavos. Até agora, o incidente mais grave foi a agressão de dois trabalhadores da Arla Foods em Meca, cidade santa da Arábia Saudita, levando a empresa alimentar sueco-dinamarquesa a suspender a produção no país. Os desenhos, além de violarem a simples interdição de representar o profeta do Islão (ver caixa), mostram Maomé com um turbante em forma de bomba, cujo rastilho está a arder, entre outras coisas.Há quatro meses, quando o diário dinamarquês Jyllands-Posten publicou as imagens de Maomé, a polémica ficou circunscrita às fronteiras da Dinamarca. Mas depois de a revista norueguesa Magazinet ter repetido as caricaturas, no início deste mês, a onda de protestos extravasou-as. E estende-se já do Norte de África até à região do Golfo.No Egipto, o líder do grupo islamita Irmãos Muçulmanos e o sindicato das câmaras do comércio apelaram ao boicote dos produtos dinamarqueses e noruegueses, estando a medida a ser praticada em países como a Arábia Saudita ou o Koweit. A Líbia encerrou a sua representação diplomática em Copenhaga, os Emirados Árabes Unidos denunciaram um "extremismo cultural", o Líbano lembrou que "foi fundado sob o respeito por todas as religiões" e que "existem certas tensões que são desnecessárias nesta altura".Nos territórios palestinianos, membros das brigadas dos Mártires de Al-Aqsa deram 48 horas a todos os trabalhadores escandinavos para abandonar a Faixa de Gaza, havendo imagens de bandeiras dinamarquesas a arder na Cisjordânia. Também o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, de visita a Doha, condenou a publicação das caricaturas do profeta Maomé e pediu à Europa que "não substitua o anti-semitismo pelo anti-islamismo". Na Dinamarca, onde os autores dos desenhos e os directores do jornal foram ameaçados de morte, o primeiro-ministro liberal Anders Fogh Rasmussen repetiu a afirmação de há quatro meses "A liberdade de expressão é uma das bases da democracia dinamarquesa. O Governo não pode influenciar as decisões dos media privados". A União Europeia também saiu em defesa do seu Estado membro. A presidência austríaca lembrou o compromisso da UE para com a liberdade de imprensa. E o alto representante para a política externa da UE, Javier Solana, sublinhou que os 25 "países respeitam as religiões e não querem agredir ninguém".Apesar disso, o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, já avisou que, caso o boicote aos produtos escandinavos prossiga, a UE pode levar o assunto à Organização Mundial do Comércio. A Noruega também tenta esbater a polémica, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a aconselhar os embaixadores noruegueses em países islâmicos a lamentar o sucedido, recomendando simultaneamente aos cidadãos que não viajem para certos destinos nos próximos dias. "

Meu querido futebol

Foi um acaso. Eu participara num programa de desporto da RTP, fazendo um qualquer comentário sobre futebol e, no final, o Manuel da Costa e o Miguel Barroso convidaram-me para um copo no clássico bar lisboeta Snob. Nessa noite, muito aprendi sobre o "futebol".Aí, ouvi o que seria (se uma viagem ao Brasil o não traísse) o futuro chefe da arbitragem explicar como, nos anos do seu reinado, o Sporting teria nulas hipóteses de ser campeão. Aí, ouvi a explicação de como os ambientes dos grandes FC Porto e Benfica pesavam nas decisões dos árbitros - "na dúvida, o árbitro decide a seu favor." Aí, entendi como o árbitro - nesses tempos, pelo menos - podia enervar e tolher uma equipa, provocando os jogadores, ameaçando-os, interrompendo um fio de jogo atacante com faltas cirúrgicas. Aí, fiquei a saber como um cartão vermelho a Vítor Baía, por impedir em falta um atacante contrário de prosseguir isolado para a baliza, foi transformado em simples amarelo... a pedido do jogador. Aí, ouvi a deliciosa história dos fora-de-jogo também a pedido, quando um capitão do Benfica, em situação difícil para a sua defesa, levantava o braço e o juiz de linha punia o adversário.Essa esclarecedora conversa levou-me a tentar entender os mistérios do poder no futebol, em reportagens depois publicadas no DN. Como chegara o FC Porto (e o Norte) ao poder, depois do longo ciclo de Lisboa? Que acontecera nos anos 70 e seguintes? A síntese foi esta o País mudara e, com ele, o poder no futebol.Nas décadas de 50 e de 60, Lisboa dominou essa teia. Sporting e Benfica detinham o domínio da Federação, em coligação com o Belenenses - era o trio BSB, apoiado pelo poder de então. No auge do poder lisboeta, nomeadamente o do Benfica, o viveiro de grandes futebolistas originários de Angola e de Moçambique era carreado para os grandes da capital. O FC Porto era tratado como um clube de bairro.Mas o 25 de Abril tudo mudou. Quando o dr. Cunhal inventou a revolução marxista, destruindo o poder económico da Grande Lisboa e da península de Setúbal e fragilizando os municípios dessa coroa geográfica, o poder do Sul desmoronou-se. Muitos dos clubes que baseavam o poder das Associações de Futebol de Lisboa e de Setúbal (eixo forte do poder na Federação) ficaram sem apoios. A incapacidade do poder revolucionário em penetrar no Norte, um poder económico emergente e o novo poder autárquico democrático serviram de suporte aos clubes da faixa litoral nortenha.A isso se juntou, como aliado importante, o "método de Hondt".Explico tirando partido do facto de terem mais clubes filiados, as Associações do Porto, de Aveiro e de Braga defenderam a aplicação daquele método de representação eleitoral partidária às eleições na Federação.E assim ganharam a maioria.Com ela, chegou progressivamente o poder, onde de facto ele se situava - nos Conselhos de Arbitragem, de Disciplina e de Justiça e na área administrativa e financeira. Na sua maior parte encabeçada por dirigentes ligados ao Boavista, a coligação do Norte, dirigida na realidade pelo FC Porto, inverteu a relação de forças na Federação. Ao poder do Norte juntou-se a dinâmica modernizadora do FC Porto, obra do treinador José Maria Pedroto e de Pinto da Costa. Neste poder, num clube bem gerido e em equipas fortes se basearam as grandes vitórias e a explosão portista, nos anos 80 e 90.Quando, nos anos 90, se cria a Liga de Clubes - agregando apenas os clubes ditos profissionais - o poder das associações torna-se irrelevante, mas a presença do Norte, construída na década anterior, mantém-se. Dos votos das associações passa-se para o voto igualitário dos clubes. Ao Norte bastou manter uma maioria e dispor, na Liga Profissional, dos postos-chave presidência, director executivo, comissões de arbitragem e de disciplina. A aliança entre o FC Porto e o Boavista originou, nos anos 90, campeões e vice- -campeões. O Benfica apareceu na estatística uma vez e o Sporting duas - na virada do século, num momento de confusão entre Boavista e FC Porto.A seguir, quando FC Porto e Sporting querem apear o major Valentim Loureiro e se aliam, este volta-se para o Benfica - e a coligação de poder na Liga muda. É o momento da célebre frase de Luís Filipe Vieira, quando refere ser mais importante ter gente sua no aparelho do futebol profissional do que contratar jogadores. E tinha razão, um medíocre Benfica sagra-se campeão logo de seguida. Com o êxito vem dinheiro e com dinheiro chegam jogadores.Mesmo reconhecendo que o panorama da arbitragem é hoje, felizmente, bem diferente, não sei é se, apesar de tudo, a explicação do tal árbitro não valerá ainda na dúvida... o verdadeiro poder decide. Nem sei porque é que, hoje, me lembrei disto.

José Manuel Barroso - Jornalista

23/01/2006

a alimentação em exposição

Vão visitar esta exposição !!!
http://www.madridfusion.net/welc_es.html

E agora, Sócrates?

Bom artigo este !

"A esquerda perdeu o Palácio de Belém. O PS dividiu-se. O eleitorado socialista reprovou a escolha de José Sócrates. Uma nova coabitação inaugura-se. Cavaco Silva dissolveu ontem a maioria que o elegeu Presidente da República. Comprometeu-se com o código moral da democracia e com a ideia de que "o Estado não é feudo dos que ganham". É aqui que se situa o seu maior desafio enquanto Presidente da República. São enormes as expectativas dos que apostam na alternância como altura de acerto de contas ou oportunidade de alargamento de poderes. O primeiro discurso de Cavaco Silva após a eleição baixou as expectativas dos que esperavam avisos solenes à governação e terá deixado o primeiro-ministro sossegado, pelo menos para já. Isso não quer dizer que o ex-primeiro-ministro não procure influenciar a condução do País. Mas não será tão cedo que dará sinais de sobressalto. José Sócrates já tem, do seu lado, sobressaltos que cheguem.Cavaco Silva regressou ao poder. Saiu há pouco mais de dez anos de São Bento debilitado e, pouco tempo depois, derrotado ao concorrer a Belém. Não desistiu. Geriu bem o seu tempo político. Ainda antes da confirmação da sua recandidatura presidencial já tinha à sua mercê o centro e a direita. Mas, mais do que isso, tinha um eleitorado de esquerda sensível aos seus argumentos. Soube tirar partido do descontentamento que as políticas impopulares do Governo provocaram, nomeadamente entre aqueles que votaram PS nas últimas legislativas. E, se isso já era relevante, o aparecimento de dois candidatos na área socialista ajudou a alargar ainda mais o seu eleitorado.Cavaco Silva ganhou com mérito. Foi o candidato mais afirmativo, que se centrou no seu próprio discurso. Cinco candidatos anti-Cavaco não chegaram para justificar uma segunda volta. E se assim foi é porque, à esquerda, não houve projecto suficiente.Os tempos que se avizinham vão ser difíceis para José Sócrates. Perdeu duas eleições. Viu o PS dividir-se e surgir Manuel Alegre com um capital político excelente e desafiante. O PCP reforçou-se com Jerónimo de Sousa. E o Bloco fragilizou-se com Francisco Louçã. Sócrates não teve ontem boas notícias do centro e da direita. Não vai ter boas notícias da esquerda. Não espantará que, como diziam alguns cínicos do cavaquismo, que José Sócrates encontre em Cavaco Silva compreensão para as suas políticas. Pelo menos, até ver. Quanto ao PSD e ao CDS será melhor pedalarem as suas bicicletas. Cavaco Silva continuará sozinho em palco. Mário Soares teve um resultado cruel se tivermos em conta a sua dimensão política. Revelou uma disponibilidade rara para o combate. Ainda assim fora de tempo. Soares tinha razão quando disse nas Cortes, de Leiria, que Cavaco era um bom candidato a Presidente. "

António José Teixeira

A saúde dentro de uma lata de atum

será que vale a pena ?

Não há nada melhor para o êxito de um alimento do que dizer que ele faz bem à saúde. Do vinho tinto ao chá verde, do azeite ao ananás, vários têm sido os produtos que nos últimos anos alargaram em milhões o seu número de consumidores em todo o mundo. Os peixes gordos foram também abrangidos por esta tendência, principalmente desde que se descobriu que os ácidos ómega-3, em que estes peixes são ricos, ajudam na prevenção de diversas doenças, sobretudo nas cardiovasculares.Com o peixe fresco a atingir preços cada vez mais elevados (sem contar com os oriundos da aquacultura), as conservas podem ser uma opção razoável para quem quer levar ómega-3 para a mesa sem se arruinar e sem ter a trabalheira que dá amanhar o pescado. Produtos 'gourmets'Outrora pujante, parece que a nossa indústria conserveira está com problemas em se adaptar à modernidade e, ao contrário do que, por exemplo, acontece em Espanha (nomeadamente na Galiza), não conseguiu colocar as suas conservas nas prateleiras das lojas gourmets, muitas vezes acompanhadas de receitas de chefes de cozinha famosos.Não deixa portanto de ser uma boa novidade saber que a Cofaco Açores, que detém marcas bem conhecidas como a Líder, Pitéu, Bom Petisco e a topo de gama Tenório, está a tentar alargar o seu mercado, apostando precisamente na divulgação dos benefícios que o atum que enlata ou enfrasca trazem para a saúde.Para isso, convidaram a Imprensa para um almoço no Hotel Villa Rica, em Lisboa, com pratos de conservas de atum, que foi antecedido por uma palestra do nutricionista João Breda sobre os benefícios do peixe. Menos calorias, menos gordura, menos colesterol, mais proteínas, mais ómega-3, mais vitaminas (A, D e as do grupo B) são as principais vantagens. Entre os efeitos positivos para a saúde, João Breda adiantou em primeiro lugar "a redução do risco de doença cardiovascular pelo decréscimo do nível de triglicéridos, a agregação plaquetária, redução da pressão arterial e benefício global de todo o sistema arterial". Aliás, a descoberta das vantagens dos peixes gordos (atum, sardinha, cavala e salmão, entre outros), para a saúde ficou conhecida como "O Paradoxo Esquimó", já que foi através do estudo dos seus hábitos alimentares, muito à base destes peixes, que os cientistas concluíram que se devia à riqueza do ómega-3 o facto de eles não terem doenças cardíacas.Ainda segundo o mesmo especialista, o atum em conserva reduz a formação de coágulos e de acidentes vasculares cerebrais, protege contra cancros, tem efeito terapêutico em doenças auto-imunes e muito mais. Até no combate à depressão, já que os ácidos gordos ómega-3 agem nos neurotransmissores cerebrais.Feitas a partir de atuns com menos de três quilos, todos pescados nos Açores (as fábricas da empresa são em Madalena do Pico, no Pico, e Rabo de Peixe, em São Miguel), as conservas vêm em azeite, óleo vegetal ou "ao natural", ou seja, em água. Todas devem ser bem escorridas depois de abertas. As melhores, e mais caras, são de filetes. Aliás, diz um responsável da Cofaco, se os portugueses encaram as conservas como uma solução de recurso, em Itália a empresa é líder do mercado gourmet com a marca Ás do Mar. Que é o nome de exportação do excelente Tenório.
Cimeira Internacional de GastronomiaPalacio Municipal de Congresos, Campo de Las Naciones, Madridwww.madridfusion.net
De 17 a 19 de Janeiro

Madrid Fusión

Carros chineses a metade do preço da concorrência

ASociedade Hispânica de Automóveis (SHA) vai iniciar, em Julho, a comercialização de dois (…)
agora é que vai ser interessante a forma como o mercado vai responder!

17/01/2006

Carnaval

brincadeiras no carnaval de 2005. Eu e a ....

Carolina



Minha grande amiga, queremos que te ponhas boa depressa, pois fazes falta ao nosso convivio!

Este Livro...

Este livro é de mágoas. Desgraçados
Que no mundo passais, chorai ao lê-lo!
Somente a vossa dor de Torturados
Pode, talvez, senti-lo… e compreendê-lo…

Este livro é para vós. Abençoados
Os que o sentirem, sem ser bom nem belo!!
Bíblia de tristes… Ó Desventurados,
Que a vossa imensa dor se acalme ao vê-lo!

Livro de Mágoas… Dores… Ansiedade
Livro de Sombras… Névoas… e Saudades!
Vai pelo mundo… (Trouxe-o no meu seio…)

Irmãos na Dor, os olhos rasos de água,
Chorai comigo a minha imensa mágoa,
Lendo o meu livro só de mágoas cheio!…

(Florbela Espanca, «Livro de Mágoas», in «Poesia Completa»)

Um Presidente, um candidato, a verdade

Pedro Santana Lopes

O homem já não se enxerga...

"Dizer o que se pensa em Portugal significa, por vezes, ouvir depois o que outros pensam que dissemos ou o que outros querem que digamos. Isto a propósito de dois assuntos diferentes mas conexos um com o actual Presidente da República; o outro com o mais provável sucessor.1 - Peço rigor a Jorge Sampaio, a quem, como já disse, por várias vezes, só responderei quando deixar de ser Presidente da República. Mas o respeito que tenho mantido não pode permitir ao Chefe do Estado resguardar-se nessa condição para elaborar - como faz na sua fotobiografia - o que supõe que pensava o anterior Governo sobre a contenção do défice ou sobre outras questões. É que, estranhamente, sendo sua a fotobiografia, o Presidente Jorge Sampaio não conta a sua posição na altura sobre o défice (nomeadamente na reunião que tivemos a 13/10/04 e em que me fiz acompanhar pelo ministro das Finanças). Porquê?Julgo que as palavras de autoria do Presidente Jorge Sampaio já começam a ser involuntariamente esclarecedoras sobre o que foi o seu estado de espírito, desde o início, com o meu Governo. Mas é também elucidativo o que representa, a nível institucional, a revelação de telefonemas para militantes do PPD/PSD enquanto tratava do assunto com Durão Barroso. E também o significado para a dissolução do Parlamento, de um passeio na Av. da Liberdade?2 - Dei uma entrevista à SIC Notícias sobre o momento político em que expus diversas considerações sobre as eleições presidenciais. A SIC Notícias passou a entrevista na íntegra, por três vezes, e os analistas políticos foram íntegros nas opiniões subsequentes, mesmo que alguns tenham sido naturalmente discordantes.No entanto, o sound bite que seria reproduzido nas televisões sobre esta entrevista - o único visto por milhões de portugueses que não têm TV Cabo - daria conta de um entrevistado que apenas quis alertar para o "sarilho institucional" que se poderia criar com a vitória de Cavaco Silva e, na leitura de quem viu apenas a síntese, de alguém animado tão-só pelo desejo de "vingança" que não considera interesses superiores. Não foi isso que aconteceu. Nem este artigo representa um recuo em relação à entrevista, porque não se recua quando se repõe a verdade.Em rigor, disse e repito que Cavaco Silva, "pelo seu curriculum e pelos seus atributos, se for eleito Presidente representará bem o País, é uma pessoa que está à altura do cargo a que se candidata. (?) O que não significa que formule uma opinião pública sobre o sentido do meu voto. De todos os candidatos é o que se tem revelado mais à altura do cargo". Mais adiantei "Acho que Cavaco Silva tem sido quase o único candidato à Presidência da República. Os outros têm sido candidatos contra Cavaco Silva. Ele tem sido muito rigoroso no cumprimento da sua estratégia."Reafirmo que devo lealdade ao meu espaço político num período de campanha eleitoral mas também devo fidelidade a mim próprio e à memória do que aconteceu no ano passado. Isso implica que não esqueça o respeito que é devido ao combate que muitos que votaram em nós travaram nessa altura. Foram quase dois milhões de pessoas, cerca de 29% dos eleitores.Impus a mim próprio que não falaria sobre o meu voto nas presidenciais. Mas há uma garantia que posso dar não voto nos adversários do meu espaço político. A política não se faz com questões pessoais.É também inegável que a vitória que se espera de Cavaco Silva tem uma consequência pioneira na nossa democracia a existência de uma figura tutelar no espaço de centro-direita e de direita em Portugal. O mesmo aconteceu com a esquerda, em meados da década de 80, quando Mário Soares foi eleito pela primeira vez Presidente da República. Todos conhecemos as dificuldades que António Guterres teve na oposição de esquerda antes de se tornar primeiro-ministro.Do mesmo modo referi ser o capital de esperança que Cavaco Silva pode levar consigo a criar um dilema a dupla legitimidade ou é utilizado e pode criar as tais tensões institucionais ou não é e pode desiludir os seus votantes. Muitos têm escrito e falado sobre este tema e não aceito que, por ser eu a falar, seja considerado um ataque ao candidato. Como disse atrás, não recuo. Não declarei, nem declaro, qualquer apoio a Cavaco Silva. Mas também não o ataquei, nem ataco. Aliás, Cavaco Silva será o primeiro a compreender que se tenha esta posição porque também não declarou qualquer apoio em Fevereiro de 2005. Com os dois assuntos, como se vê, tenho a mesma preocupação o respeito pela verdade. PS A propósito de verdade, quando falo saltam as vozes do costume (JPP, ALX, ASL, JPC, entre outros). Declaram a vida e a morte política. Mas eles não sabem do que falam porque nunca ganharam, nunca viveram. Só sabem falar do que os outros fazem mas nunca fizeram nada. Nem sabem que nós sabemos que eles sabem que, como disse Churchill, em política pode morrer-se várias vezes. E, permito-me acrescentar, viver também."

16/01/2006

Funcionários Publicos

Como diria G. Orwell - in " O Triunfo dos Porcos" - «... somos todos iguais ... só que há uns que são mais iguais do que outros!»

A propósito, e para aqueles que pensam que os problemas do País estão nos funcionários públicos:"De acordo com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a embaixada portuguesa em Londres.Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado.Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 2ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.A nossa Maria merece.Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 90 portugueses com um salário de 500 Euros a descontar à taxa de 20%.Novamente, a nossa Maria merece."

15/01/2006

Fosso que separa pobres dos ricos agrava-se em Portugal

Portugal é o país mais desigual e mais pobre da União Europeia, com a diferença entre os mais ricos e os mais pobres a acentuar-se desde 2001, sendo actualmente cerca de dois milhões o número dos que vivem com menos de 350 euros por mês, segundo dados do Eurostat hoje divulgados pelo Público.
Portugal é, de acordo com os últimos dados do Eurostat (Gabinete de Estatística da UE), o país da União Europeia (UE) onde é maior a desigualdade de rendimentos entre os dois grupos de pessoas situados nas extremidades da pirâmide social.
A comparação entre os rendimentos acumulados pelos 20% mais ricos e os 20% mais pobres revela que, em Portugal, esse rácio atingia, em 2003, os 7,4, o que significa que os mais abonados detêm 7,4 vezes o rendimento dos mais necessitados.
Esta tendência para uma maior desigualdade não é portuguesa, é mundial. O último relatório da ONU regista que, nas últimas duas décadas, num grupo de 73 países, os níveis de desigualdade aumentaram em 53 deles, adianta o Público.
Outros sinais pouco famosos para Portugal são a descida de 26.º para 27.º na última lista ordenada do desenvolvimento humano da ONU; a pior taxa de abandono escolar da UE (38,6%), o maior índice europeu de pobreza persistente (15%), e uma das maiores percentagens de crianças pobres (15,6%), só ultrapassada pela Irlanda e pela Itália.
Portugal acumula a condição de país mais desigual da UE com o de portador de maior índice de pobreza relativa, com um valor que há anos estabilizou nos 20/21%. Significa isto que dois milhões de portugueses têm rendimentos inferiores a metade do rendimento médio nacional, ou, em termos mais práticos, que vivem com menos de 350 euros por mês.
Os níveis de desigualdade em Portugal conheceram, na última década, uma evolução contraditória. Em 1995, a relação entre os 20% mais ricos e os mais pobres era de 7,4 e foi caindo até 2000, situando-se nesse ano nos 6,4.
Entre 2001 e 2003 a desigualdade voltou a disparar, recolocando-se a fasquia no nível de 1995.
Especialistas em questões de pobreza e exclusão social explicam este retrocesso como o resultado do «abrandamento das políticas sociais correctoras que vinham sendo realizadas desde 1995», em consequência de uma focalização governamental no problema do défice público por via de «uma argumentação fundamentalista orçamental», como refere Rogério Roque Amaro, professor do ISCTE, adianta o jornal.

13/01/2006

Proverbios para gente culta

Expõe-me com quem deambulas e a tua idiossincrasia
augurarei. (Diz-me com quem andas e te direi quem és)

Espécime avícola na cavidade metacárpica, supera os
congéneres revolteando em duplicado.
(Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar)

Ausência de percepção ocular, insensibiliza o
órgão cardial.
(Olhos que não vêem, coração que não sente)

Equino objecto de dádiva, não é passível de
auscultação odontológica.
(A cavalo dado não se olham os dentes)

O globo ocular do perfeito torna obesos os bovinos.
(O olho do amo engorda o gado)

Idêntico ascendente, idêntico descendente
(Tal pai, tal filho)

Descendente de espécime piscícola sabe movimentar-se em
líquido inorgânico. (Filho de peixe sabe nadar)

Pequena leguminosa seca após pequena leguminosa seca
atesta a capacidade de ingestão de espécie avícola.
(Grão a grão enche a galinha o papo)

Tem a monarquia no baixo ventre
(Tem o rei na barriga)

Quem movimenta os músculos supra faciais mais longe do
primeiro, movimenta-os substancialmente.
(Quem ri por último ri melhor)

Quem aguarda longamente, atinge a exaustão
(Quem espera desespera)

12/01/2006

Distantes...

Sonhos que se foram, são diferentes das pessoas que se foram, os sonhos são a exteriorização do que você idealizava, aquilo que você queria para a sua vida, mas as pessoas são diferentes dos sonhos, pessoas tem comportamentos e reações, diferentes dos nossos desejos.
Entende a separação? Assim, o seu amor, não é aquele que você imagina, mas aquela pessoa normal, que tem problemas, que chora, que sofre, que tem dificuldades, como eu, como você.
É preciso saber diferenciar pessoas de sonhos.
Você pode até sonhar com um relacionamento,um casamento,ou sei lá o que for... mas, não pode casar,se unir com um sonho, na realidade, a vida tem cores diferentes dos sonhos.
Procure amar as pessoas pelo que elas são.
Quanto às pessoas que se foram, não se lamente, nem fique procurando culpados,
Pode ser que a morte os separe, pode ser que a vida os leve para lugares distantes, e se não puderem estar mais fisicamente com você, que estejam para sempre guardados dentro de você, e isso é o que chamamos de eternidade, e isso cabe em qualquer espaço no seu coração.

ELEMENTAR, MEU CARO WATSON !

Sherlock Holmes e Dr.Watson vão acampar. Montam a barraca e, depois de uma boa refeição e toda uma garrafa de vinho, deitam-se para dormir. Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- " Meu caro Watson, olhe para cima e diga -me o que vê " . Watson responde:
- " Vejo milhares e milhares de estrelas ". Holmes, então, pergunta:
- "E o que isso significa ? " Watson pondera por um minuto, depois enumera:
1) " Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas " ;
2) " Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e, conseqüentemente, teremos um dia de sorte " ;
3) " Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15m, pela altura em que se encontra a Estrela Polar " ;
4) " Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes " ; 5) " Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Correto? " Holmes fica um minuto em silêncio, e responde:
- " Watson, seu tolo! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!... "

Moral da história: A VIDA É SIMPLES. NÓS É QUE A COMPLICAMOS !

O diálogo entre um enólogo e um caipira

_ Hummmmmmm... hummmmmmmm...
_Eca!
_ Eca ?! quem falou Eca...?
_ Fui eu , sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
_ Que é isso ? Ele lembra frutas secas adamascadas , com leve toque de trufas brancas , revelando um retrogosto persistente , mas sutil , que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas ...
_ Puta que pariu ! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo , sô?
_ Claro ! Sou um enólogo laureado . E o senhor ?
_ CEBESTA eu não ...! Sou isso não senhor !!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho á minha éguinha Gertrudes depois da chuva , lá isso tá !
- Ai , que heresia ...! Valei -me São Mouton Rothschild!
_ O senhor me descurpe , mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro . O senhor tá gripado , é?
_ Não , meu amigo . são técnicas internacionais de degustação , entende ?
_Entendo . lá no bar do Tiramãodai a gente tumém tem umas manias esquisitas ...
_ Ah , é ? Os senhores também praticam degustação ?
_ Não , senhor , só engolição . A gente olha bem a marvada , assim contra o sol , que é pra ver se num tem barata dentro . Depois joga um tiquim pro santo e manda ver ! A danada desce que só vendo ! Sai carrascando tudo , bate lá no bucho e sobe qui nem rojão na festa da Trindade . Com meia dúzia , o pessoar já sai avançando nas saias das comadres que é um desassossego .Às vezes sai inté tapa !
_ Disgusting!
_Nossa Senhora ! Nem me fale ! Um desgosto danado ! Já teve casamento dismanchado e tudo ...
_ Caso queira , posso ser seu mestre na arte enológica . O senhor aprenderá como segurar a garrafa , sacar a rolha , escolher a taça , deitar o vinho e, então...
_ I antão móia o biscoito , né ?Tô fora , seu frutinha adamascada !!!
_ O querido não entendeu . O que quero é introduzí-lo no ...
_ Mas num vai introduzir mas é nunca ! Desafasta , coisa ruim!
_Calma ! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação . Hoje por exemplo vamos apreciar uns franceses jovens ...
_ Hã , hã ... eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta ...
_ O senhor poderia começar com um Beaujolais !
_ Num beijo lé , num beijo lá . Eu sou é homi , safardana !
_Então que tal um mais encorpado?
_ Oia , lá , ocê tá brincando com fogo ...
_ Ou , um suave fresco !
_ Seu moço , tome tento , que a minha mão já tá coçando de vontade de lhe meter -lhe a mão na sua cara desavergonhada!!!
_ Já sei : iniciemos com um brut , curto e duro . O senhor vai gostar !
_ Num vô não , fio de um cão ! Mas num vô , mermo !!! Num é questão de tamanho e firmeza , não , seu fiote de brabuleta ...
_ Então , vejamos , que tal um aveludado e escorregadio?
_ E que tal a mão no pédovido, hein , seu fióte de belzebu?
_ Pra que esse nervosismo todo? Já sei , o senhor prefere um duro e macio , acertei?
_ Eu vou acertar é um tapão nas suas ventas , cão sarnento !!! Engolidor de rolha !!!
_ Mole e redondo , com bouquet forte ?
_ Agora , ocê pulou o corguinho !!! E é um ...é dois ...e trêis !!!
_ Num corre não , fiodaputa ! Vorta aqui que eu te arrebento , seu bicha fedorento .

11/01/2006

Passerelle

Tribunal divulga 5ª feira medidas de coacção
O juiz de instrução do processo que envolve gerentes de clubes de striptease da cadeia Passerelle adiou para quinta-feira a divulgação das medidas de coacção a aplicar aos oito arguidos, suspeitos de lenocínio e auxílio à imigração ilegal.
Que interessante ! Estes espaços existem há dez anos ... e sempre os conheci (embora eu não seja um cliente habitual mas já fui aos de Lisboa e de Sines) da mesma forma! Com mulheres brasileiras e do leste da europa!

Dívida directa do Estado atinge 102 mil M€

A dívida directa do Estado no final de 2005 atingiu o valor de 101,7 mil milhões de euros, mais 12,1% que um ano antes, informou esta quarta-feira o Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP).
O boletim mensal do Instituto, divulgado no site da instituição, acrescenta que a dívida subiu 1,2% de Novembro para Dezembro.
A maior parte da dívida está denominada em euros, no total de 101,4 mil milhões de euros.
Os principais instrumentos de emissão são as Obrigações do Tesouro de taxa fixa, que absorveram 67,1 mil milhões de euros, e os certificados de aforro, que cativaram 16,2 mil milhões de euros.

De cabeça erguida

O estado do País levou o empresário João Pereira Coutinho a comparar Portugal com a Argentina.
O risco da «ilusão total» de que fala Pereira Coutinho é sério. E o que dizer, se não concordar, quando se observa que o «problema não é sermos [Portugal] a cauda da Europa - é falirmos. É sermos a Argentina da Europa.»
Por muito dramático e alarmista que possa parecer, o discurso de Pereira Coutinho faz todo o sentido no ano do mata-mata nacional. Ferreira Leite diz que este «Governo não tem álibis para não decidir». É certo que à antiga ministra das Finanças lhe amputaram o trajecto quando as suas medidas podiam começar a fazer efeito – mas também não deixará de ter a sua quota de responsabilidade, mesmo perante a herança do desvarios do guterrismo. Ou não?
Por isso, quando constatamos o estado das coisas, quantas vezes não temos o direito de comparar resmas e resmas de gerações de burocráticos do poder a computadores de gigabytes: na altura em que são chamados a agir, fazem tudo, excepto pensar?
Se olharmos, por exemplo, para o elevado endividamento das famílias, encontramos um problema semelhante ao do baixo grau de formação profissional. Na sua génese está uma questão educacional, social e cultural. A maioria dos portugueses quer ter o mesmo que os seus vizinhos da Europa, mas sem fazer ou conceber metade do que os outros fazem – ainda que assim que atravessem a fronteira, por norma, os portugueses se transfigurem e trabalhem mais ou melhor do que os outros... possivelmente uma questão de ares.
A Portugal não bastará escrever um relatório a dizer que «a vaca da minha vizinha dá mais leite do que a minha e não sabemos porquê» e ficar à espera do dinheiro da UE. Ou puxa tudo para o mesmo lado – e, por exemplo, os sindicatos percebem de uma vez por todas os tempos em que vivemos – ou de pouco ou nada valerá o esforço sistemático de alguns.
Mais do que portarem-se como a mulher de César, os portugueses não podem dividir-se entre ser sérios ou parecer sérios. Têm de ser as duas coisas em simultâneo. Com responsabilidade e dinâmica. Numa moralização social. Que nos mantenha de cabeça erguida.

Filipe Rodrigues da Silva

Cientistas identificam sintomas iniciais de meningite

Mãos frias, dores fortes nas pernas e uma palidez extrema.
Sinais exteriores que podem bem ser os primeiros sintomas de meningite meningocócica, de acordo com uma equipa de cientistas da Universidade de Oxford.

04/01/2006

Receita

Receita: Perú com whisky para o Natal, Ano Novo ou para qualquer outra ocasião importante ou sem importância mesmo!!!

Sigam a receita ao pé da letra...
É fantástica (Até p/ quem não tem muita prática na cozinha)É muito fácil!

Receita do Perú

Ingredientes:

- 01 garrafa de whisky - do bom ....é claro!!!!
- 01 Perú de aproximadamente 03 quilos
- sal, pimenta e cheiro verde a gosto
- 350 ml de azeite de oliva extra virgem
- nozes moídas

Modo de preparar:

- pegue o perú (não se assanhe!perú- ave!!)
- beba um copo de whisky
- envolver o perú e temperá-lo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto. massageá-lo com azeite.(hehehe a ave) já pensou besteira de novo!!
- pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos. -
- Sirva-se de uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda. -
colocar o perú em uma assadeira grande.
- Sirva-se de mais duas doses de whisky.
- axustar o terbostato na marca 3, e debois de uns binte binutos,botar para assassinar. - digu: assar a ave.
- Derrubar uma dose de whisky bedois de beia hora, formar abertura e controlar a sssadura do perú.
- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra dose sarada de whisky.
- Cozer(?), costurar(?), cozinhar, sei lá, dane-se o frango.
- Deixáááá´o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas.
- Tentar retirar o pirú,vrango,pato? do vorno.
> - Mandar mais uma boa dose de whisky pra dentro .. de você, é claro. -Tentar novamente tirar o sacana do perú do vorno, porque na primeira
teenndadiiiva dããão deeeeuuuuuu.
- Begar o perú que gaiu no chão e enxugar o filho da puta com o bano de
chão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra porra, bois, avinal, você nem
gosssssssssta muito dessa bosta mesmo.
- Bronto.

PS: Num vumita no perú, garaio!!!!!

03/01/2006

Astronomy Picture of the Day



Welcome to Planet Earth !

Voyager Project Information

Launch Date:
September 5, 1977 (Voyager 1)
August 20, 1977 (Voyager 2)
Launch Vehicle:
Titan III E-Centaur
On-orbit mass:
721.9 Kg

Power System:
Radioisotope ThermalGenerators (RTGs) of 420 W
The last two spacecraft of NASA's Mariner series, Voyager 1 and 2 were the first in that series to be sent to explore the outer solar system. Preceeded by the Pioneer 10 and 11 missions, Voyager 1 and 2 were to make studies of Jupiter and Saturn, their satellites, and their magnetospheres as well as studies of the interplanetary medium. An option designed into the Voyager 2 trajectory, and ultimately exercised, would direct it toward Uranus and Neptune to perform similar studies.
Although launched sixteen days after Voyager 2, Voyager 1's trajectory was a faster path, arriving at Jupiter in March of 1979. Voyager 2 arrived about four months later in July 1979. Both spacecraft were then directed on to Saturn with arrival times in November 1980 (Voyager 1) and August 1981 (Voyager 2). Voyager 2 was then diverted to the remaining gas giants, Uranus (January 1986) and Neptune (August 1989). A more detailed table specifying the closest approach distances/times for these encounters is available.
Data collected by Voyager 1 and 2 were not confined to the periods surrounding encounters with the outer gas giants, with the various fields and particles experiments and the ultraviolet spectrometer collecting data nearly continuously during the interplanetary cruise phases of the mission. Data collection continues as the renamed Voyager Interstellar Mission searches for the edge of the solar wind's influence (the heliopause) and exits the solar system.
Some scientific results of the Voyager mission
A comprehensive list of the achievements of Voyager 1 and 2 would be so extensive that space doesn't permit. Here, then, are a (very) few results that would rank near the top of many such lists.
Discovery of the Uranian and Neptunian magnetospheres, both of them highly inclined and offset from the planets' rotational axes, suggesting their sources are significantly different from other magnetospheres.
The Voyagers found 22 new satellites: 3 at Jupiter, 3 at Saturn, 10 at Uranus, and 6 at Neptune.
Io was found to have active volcanism, the only solar system body other than the Earth to be so confirmed. Triton was found to have active geyser-like structures and an atmosphere.
Auroral zones were discovered at Jupiter, Saturn, and Neptune.
Jupiter was found to have rings. Saturn's rings were found to contain spokes in the B-ring and a braided structure in the F-ring. Two new rings were discovered at Uranus and Neptune's rings, originally thought to be only ring arcs, were found to be complete, albeit composed of fine material.
At Neptune, originally thought to be too cold to support such atmospheric disturbances, large-scale storms (notably the Great Dark Spot) were discovered.


Not fare well,But fare forward, Voyagers.
T. S. Eliot, The Dry Salvages

Calendário Gregoriano

O Calendário gregoriano é o calendário utilizado na maior parte dos países ocidentais. Foi promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de Fevereiro do ano 1582 para substituir o calendário juliano.

Reforma do calendário juliano
Depois do decreto, o Papa Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas para reformar o calendário juliano e passado cinco anos de estudos, foi elaborado o calendário gregoriano, que foi sendo implementado lentamente em várias nações. Oficialmente o primeiro dia deste calendário foi 15 de Outubro de 1582.
O calendário gregoriano é o que actualmente usamos e distingue-se do juliano porque:
Omitiram-se dez dias (5 a 14 de Outubro de 1582).
Corrigiu-se a medição do ano solar, estimando-se que este durava 365 dias solares, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, o equivalente a 365,2424999 dias solares.
Acostumou-se a começar cada ano novo em 1 de Janeiro.
Poucos anos seculares se consideram bissextos, só aqueles que sejam divisíveis por 4 e não sejam terminados em duplo zero exceto os divisíveis por 400. Deste modo evita-se o desfasamento de um dia em cada cem anos.

Meses do ano
O Calendário gregoriano está dividido em 12 meses:
No. Mês Dias
1 Janeiro 31
2 Fevereiro 28 ou 29
3 Março 31
4 Abril 30
5 Maio 31
6 Junho 30
7 Julho 31
8 Agosto 31
9 Setembro 30
10 Outubro 31
11 Novembro 30
12 Dezembro 31

Mnemónica
Existe uma canção que se utiliza como regra mnemónica para recordar o numero de dias de cada mês: "Trinta dias traz Setembro, com Abril, Junho e Novembro. Vinte e oito só traz um e os demais trinta e um".
Uma outra versão: "Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro. Fevereiro Vinte e oito tem. Se for bissexto, mais um lhe dêem. E os mais que sete são, trinta e um todos terão".
Outra regra mnemónica: cerrar o punho da mão direita e contar com um dedo da mão esquerda. Os nós salientes representam os meses de 31 dias, e os ocos entre nós os meses inferiores a 31 dias. O primeiro nó (o do dedo indicador) representa Janeiro e por ser saliente equivale a 31 dias. O oco próximo (entre os nós do indicador e dedo médio) representa Fevereiro e por ser oco tem menos de 31 dias, neste caso 29 ou 28 dias. O segundo nó (do dedo médio) representa Março e por ser saliente equivale a 31 dias, e assim sucessivamente até chegar a Julho, representado pelo nó do dedo mendinho, que por ser saliente equivale a 31 dias. Logo se começa de novo a conta desde o nó do dedo indicador, que desta vez representará Agosto e por ser saliente equivale a 31 dias. Continua-se a conta até chegar a Dezembro, representado pelo nó do dedo anular, que por ser saliente diz-se que tem 31 dias.

Eleiçoes, em 2006 no Peru

Para quem pensa que as eleições serão dificeis em portugal, veja as do Peru.
Em quem pensa votar nas eleções de 2006?

Lourdes Flores
Alan Garcia
Valentin Paniagua
Ollanta Humala
El candidato de Perú Posible
Alberto Fujimori
Jaime Salinas
Javier Diez Canseco

02/01/2006

MONTANTES DAS CONTRAPARTIDAS

Menor ou igual a 100 euros - 26 processos (14,4%)
De 101 a 350 euros - 18 (10,0%)
De 351 a 1.125 euros - 17 (9,4%)
De 1.125 a 5.000 euros - 18 (10,0%)
De 5.001 a 50.000 euros - 11 (6,1%)
Mais de 50.000 euros - 5 (2,8%)
Contrapartidas em género – até 250 euros - 3 (1,7%)
Contrapartidas em género – de 250 a 1.500 euros - 4 (2,2%)
Contrapartidas em género – mais de 1.500 euros - 7 (3,9%)
Não existiu contrapartida - 4 (2,2%)
Casos não especificados - 60 (33,3%)
Não apurados - 7 (3,9%)TOTAL: 180 (100,0%)

Nota: Fonte DCIAP/CEJ. O total de processos analisados foi de 224, mas os montantes referem-se aos 180 que já não estavam sob investigação.

OBJECTIVOS DO ACTO CRIMINOSO:
SERVIÇO PAGO
Aceleração de processos e/ou decisão favorável - 16 (7,1%)
Alteração de PDM ou outros projectos - 6 (2,7%)
Compra de classificação no ensino - 3 (1,3%)
Emissão de recibos sem entrada de dinheiro - 1 (4,0%)
Favorecimento de compradores - 5 (2,2%)
Ganhar concurso público - 7 (3,1%)
Inflação de preços - 7 (3,1%)
Influenciar avaliações, taxas ou impostos - 19 (8,5%)
Influenciar resultados desportivos - 10 (4,5%)Livrar do serviço militar - 3 (1,3%)
Prejudicar denunciante no acesso à Justiça - 6 (2,7%)
Não pagamento de multa - 41 (18,3%)
Obtenção de benefícios indevidos - 46 (20,5%)
Obtenção de licença - 28 (12,5%)
Omissão de actuação prevista na lei - 13 (5,8%)
Não especificado - 13 (5,8%)TOTAL: 224 (100,0%)

Nota: Fonte DCIAP/CEJ
Manuela Guerreiro / Miguel Alexandre Ganhão

AUTARCAS SUSPEITOS

Muitos têm sido os autarcas suspeitos, mas poucos se sentam no banco dos réus. Entre os julgados é também reduzido o número de condenações em penas de prisão.- Abílio Curto (Guarda) está preso por corrupção. A pena é de dois anos e meio.- António Cerqueira (Vila Verde) cumpre cinco anos por peculato e abuso de poder.- Patacão Rodrigues (Vila Viçosa) esteve preso 16 meses por fraude com fundos da UE.- Edite Estrela (Sintra) foi condenada por violação dos deveres de imparcialidade.- Fátima Felgueiras (Felgueiras) está acusada de 28 crimes, onze são de corrupção.- Joaquim Raposo (Amadora) é investigado por ligações a construtores civis.- Isaltino Morais (Oeiras) está a ser investigado por causa de uma conta na Suíça.- Avelino Ferreira Torres (Marco de Canaveses) é suspeito de burla e falsificação.

QUEM RECEBE 'LUVAS'

Dos 69 funcionários corruptos identificados pelo estudo, metade trabalha para o Ministério da Administração Interna, 20,3 por cento nos órgãos de poder local e 18,8% no Ministério da Justiça. Receberam também dinheiro o pessoal afecto aos ministérios da Defesa (3,1%), Cultura (1,6%), Educação (1,6%), Segurança Social (1,6%), Finanças (1,6%) e Ambiente (1,6%). Quanto aos serviços onde estavam destacados, o número mais significativo pertence à GNR com 27 casos. Seguem-se câmaras municipais (9) e tribunais, conservatórias e registos civis (6). Pagaram-se também favores a pessoas em prisões, juntas de freguesia, escolas de condução, Direcção-Geral de Viação, Procuradoria Geral da República, PSP, Polícia Municipal, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e repartições de Finanças

PROCESSO 'APITO DOURADO' TEM CRIMES DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

O processo ‘Apito Dourado’, para além de casos de corrupção desportiva envolvendo árbitros, dirigentes de clubes e de dois organismos de futebol, a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol, tem situações de tráfico de influência, pelas quais são indiciados Valentim Loureiro, Pinto da Costa, Sousa Cintra e ainda o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, único que esteve preso preventivamente.O tráfico de influência, um crime recente, teria apanhado desprevenido, no caso ‘Apito Dourado’, Valentim Loureiro que, desde a primeira hora, jura a pés juntos não ter até então conhecimento do tráfico de influência e muito menos consciência de ter cometido quaisquer tipo de crimes relacionados com futebol, política ou com autarquia, ele que é presidente da Câmara de Gondomar, que teve buscas no ‘Apito Dourado’, dia 20 de Abril de 2004.Mas o Ministério Público vai deduzir, dentro dos próximo dias, a acusação, no caso ‘Apito Dourado’, que é caracterizado pela chamada criminalidade de ‘colarinho branco’, crimes económicos, ou contra a economia, em que, entre outras alegadas ilicitudes, se incluem eventuais crimes de corrupção desportiva, falsificação de documentos, peculato e de tráfico de influência.O alegado cruzamento de casos de tráfico de influência entre empreiteiros da construção civil, futebol, política e autarquia, é afinal o ‘Apito Dourado’.No âmbito do ‘Apito Dourado’, cujas acções públicas começaram em 20 de Abril de 2004, já foram ouvidas centenas de pessoas e constituídos dezenas de arguidos, entre os quais Valentim Loureiro, presidente da Liga, da Câmara de Gondomar e da Metro do Porto; Pinto de Sousa, ex-presidente do CA da FPF; Pinto da Costa, presidente do FC Porto; João Loureiro, presidente do Boavista ou Isabel Damasceno, presidente da CM Leiria.

Corruptos por 100 euros

Os que recebem ‘luvas’ estão na sua maioria ao serviço da GNR e poder local. Os que pagam são quadros superiores do sector privado e empresas da construção civil. Entre 1999 e 2001, 400 pessoas e dez empresas deixaram-se corromper. Os favores beneficiaram 143 cidadãos e 78 entidades.

Justiça: estudo inédito analisa 224 processos e traça perfil dos criminosos

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=186535&idselect=181&idCanal=181&p=0

Só em Sintra estão a ser julgados 173 militares da GNR por corrupção, que a operação Centauro da PJ de Lisboa sentou no banco dos réus


É do sexo masculino, tem entre 36 e 45 anos, é casado, não tem antecedentes criminais, trabalha sob a tutela do Ministério da Administração Interna e presta serviço na GNR, no distrito de Lisboa. Este é o perfil do corrupto português, traçado num estudo inédito do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), ao qual o CM teve acesso. A pesquisa refere-se a processos entre 1999 a 2001 e revela que é a pequena corrupção que domina os processos que chegam a Tribunal em Portugal.Das 400 pessoas identificadas como corrompidas, o estudo debruçou-se apenas em 69, correspondendo ao número de casos que já não estavam em investigação. Dos funcionários que receberam ‘luvas’, metade trabalha para o Ministério da Administração Interna, 20,3 por cento nos órgãos de poder local e 18,8% no Ministério da Justiça. Relativamente aos serviços onde os funcionários estavam colocados surge à cabeça a GNR, com 27 casos (40,3%). Seguem-se as câmaras municipais, com nove casos (13,4%).A maior parte das pessoas cuja informação está disponível ‘vendeu-se’ por menos de 100 euros. No grosso dos processos (33,3%), porém, o estudo não consegue identificar os montantes envolvidos.Há também verbas elevadas envolvidas, mas numa percentagem menos significativa: cinco casos (2,8%) ultrapassaram os 50 mil euros. Por incrível que pareça, há registo de casos onde não existiu qualquer contrapartida.As ‘luvas’ serviram, sobretudo, para benefícios indevidos (46 casos), para evitar o pagamento de multas (41) e para obter uma licença (28 casos). Desta forma também se tentou influenciar avaliações, taxas ou impostos (19 casos) e acelerar processos ou decisões (16).A maior parte dos favores foi pago em dinheiro, mas há 13 por cento dos funcionários corrompidos que recebeu em géneros – três casos são de pouca monta, mas há sete que custaram mais de 1500 euros.As contrapartidas são quase sempre pagas na hora e a abordagem é feita num local público. Há também abordagens feitas por telefone e por terceiros. A iniciativa parte da pessoa que recebe as ‘luvas’.Quem mais paga por esses favores tem elevada escolaridade e ocupa lugares de chefia. São pessoas singulares e inserem-se no grupo dos dirigentes e quadros superiores, do sector privado. Ao nível empresarial, foi o sector da construção civil e obras públicas que mais usou esquemas ilícitos para obter contrapartidas.O estudo quer conhecer as circunstâncias que envolvem o acto criminoso – intervenientes, forma como se relacionam, montantes envolvidos – e esboçar perfis sociográficos, de corruptores e de corrompidos, individual e colectivamente. Para isso foram analisados 224 processos, sendo 219 de corrupção e cinco de participação económica em negócios – 65 processos são de 1999; 80 do ano 2000 e 79 de 2001. Apesar dos dados não revelarem uma variação significativa, mostram que ocorreram, em média, 6,2 actos de corrupção por mês.Nestes processos estavam envolvidos 400 pessoas e dez empresas que se deixaram corromper; e 143 pessoas e 78 empresas que pagaram favores. QUEM PAGA FAVORESForam identificadas 143 pessoas que pagaram favores, mas o estudo analisou apenas 59, não conseguindo identificar onde prestam serviço a maioria dos agentes corruptores (17). A área da construção civil, com quatro casos, surge assim à cabeça, seguindo-se as escolas de condução (três casos), os escritórios de advogados (dois casos) e o Ministério da Defesa (também dois casos). Banca, seguros e hipermercados estão na lista dos empregadores de quem pagou ‘luvas’. No sector empresarial, foram tidas em conta onze das 78 pessoas colectivas identificadas como corruptoras. Quatro são da área da construção civil, duas da indústria farmacêutica e duas da área da educação e formação. Há ainda empresas a pagar ‘luvas’ no sector bancário e nos transportes. ESTUDO À LUPA- Foram analisados 224 processos, constituídos por 400 pessoas e dez empresas que receberem dinheiro e 143 pessoas e 78 empresas que pagaram favores.- 61,2% dos casos encontrava-se em investigação; 25,4% estava arquivado; 6,3% estava em fase de julgamento; 5,4% tinha acusação; 0,9% estava em fase de instrução; 0,4% aguardava recurso do Supremo; 0,4% tinha recurso nas Relações.- Em termos médios, foram denunciados 6,2 crimes de corrupção por mês, entre 1999-2001.- Lisboa (30%) e Porto (19%) são os distritos que apresentam maior percentagem dos crimes.- As comarcas de Lisboa (22,5%), Porto (8,5%), Gaia (4%) e Vila Franca de Xira (3,6%) apresentam maior número de casos.- 20,5% dos corruptos tinha como objectivo a obtenção de benefícios indevidos e 18,3% o não pagamento de multa.- Relativamente aos montantes envolvidos, em 33,3% dos casos não foi possível identificar o valor. Em 14,4% o montante foi igual ou inferior a 100 euros.- As contrapartidas foram quase sempre entregues monetariamente (87%).- Embora se desconheça se na maioria dos casos (56,3%) o montante foi efectivamente pago, constata-se que 25% das verbas foram recebidas e 18,8% não.- 17,3% das contrapartidas foram pagas no momento, 12,8 foi paga antes e 11,2% depois (desconhece-se quando foi efectuado o pagamento em 54,2%).- A abordagem foi feita da pessoa que recebe para a pessoa que paga em 34% dos casos (em 40,6% dos casos não foi apurado).- A abordagem ocorreu com maior frequência num local público (42,6%) ou no local de trabalho da pessoa que recebe ‘luvas’ (26,5%).- Relativamento ao número de pessoas envolvidas, 40,7% dos casos corresponde a duas pessoas e 25,7% a três pessoas.- A maioria das denúncias foi efectuada por escrito (80,8%); 20% são verídicas; 12% são feitas por vingança.

Comercialização de "vinhos de qualidade" em Portugal

Alentejo continua na liderança, acima de 40% das vendas totais
Considerando o acréscimo aproximadamente de 10% na comercialização de Vinhos do Alentejo durante o ano de 2004 (comparação com 2003), cerca de 56.600.000 litros de vinho, informação obtida com base no fornecimento de selos de garantia pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, aos quais correspondem 38% de vinho DOC Alentejo e 62% de Vinho Regional Alentejano, confirma-se a preferência dos consumidores pelos vinhos produzidos nesta região.
Pela análise dos dados mais recentes, comparação no período Dezembro03/Janeiro2004 a Dezembro04/Janeiro2005, apresentados no estudo de mercado efectuado pela empresa ACNielsen nos canais de distribuição de alimentação e hotelaria, sobre "Índice Nielsen - Vinhos de Qualidade", estudo solicitado pela ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, pode-se constatar a quota de mercado que a ‘região Alentejo’ detém no mercado nacional de vinhos, figuras 1 e 2.
Nos valores percentuais abaixo apresentados, foi retirado o volume de vinho correspondente ao vinho de mesa propriamente dito, pelo que podemos referir que a comercialização de vinhos com denominação de origem (VQPRD/DOC) e com indicação geográfica (Regional), foi semelhante nestes últimos dois anos (ligeira quebra em 2004, menos 30.000 litros comercializados, de acordo com o estudo).
INCIM+INA
Volume (%)
Denominação de Origem (DO)
Ano
Ano
Ano
Média
2002
2003
2004
(3 anos)
DOC Verdes
32,3
33,6
35,7
33,9
DOC Douro
12,8
13,3
14,3
13,5
DOC Bairrada
4,0
2,9
2,6
3,2
DOC Dão
11,4
10,7
10,4
10,8
DOC's Estremadura
0,8
0,9
0,9
DOC's Ribatejo
1,1
1,1
1,1
DOC Palmela
1,9
1,6
1,8
DOC Alentejo
33,8
34,5
32,0
33,4
Outros "VQPRD/DOC"
5,7
1,2
1,4
2,8
Volume (%)
Indicação Geográfica (IG)
Ano
Ano
Ano
Média
2002
2003
2004
(3 anos)
Regional Minho
1,0
1,0
0,9
1,0
Regional Terras Durienses
3,6
3,8
5,8
4,4
Regional Beiras
9,9
7,2
7,1
8,1
Regional Estremadura
10,1
7,2
8,4
8,6
Regional Ribatejano
5,7
4,3
4,3
4,8
Regional Terras do Sado
18,9
15,8
16,0
16,9
Regional Alentejano
50,7
60,7
57,4
56,3
Regional Algarve
0,1
0,0
0,0
0,0
Figura 1 – Evolução da comercialização de vinhos "VQPRD/DOC" e "REGIONAL"
por região vitivinícola (INCIM+INA = Consumo Imediato + Take Home).
Da análise da figura 1, verificamos que os consumidores de vinho continuam a preferir os "Vinhos do Alentejo", com uma quota média de mercado nos últimos três anos, de 33,4% DOC e de 56,3% Regional, no conjunto do consumo de vinhos na restauração e nas grandes superfícies comerciais, onde competem todos os vinhos, incluindo os de maior qualidade e prestígio.
Certamente que as estratégias comerciais utilizadas pelos produtores e comerciantes de vinhos do Alentejo, têm sido valorizadas pelos consumidores, os quais na falta de maior conhecimento sobre marcas, têm como referência de garantia de qualidade do vinho, a denominação de origem ou a indicação geográfica.
INCIM+INA
Volume (%)
‘Denominação Origem’ e ‘Indicação Geográfica’
Ano
Ano
Ano
Média
2002
2003
2004
(3 anos)
DOC Verdes + Regional Minho
20,0
19,3
20,3
19,9
DOC's da R. Douro + Regional Terras Durienses
9,3
9,2
10,7
9,7
DOC's da R. Bairrada + Regional Beiras (parte)
4,8
3,5
3,2
3,8
DOC's da R. Dão + Regional Beiras (parte)
9,0
7,7
7,4
8,0
DOC's da R. Estremadura + Regional Estremadura
4,8
3,7
4,2
4,2
DOC's da R. Ribatejo + Regional Ribatejano
2,8
2,4
2,5
2,6
DOC's da R. Setúbal + Regional Terras do Sado
8,5
8,0
8,0
8,2
DOC Alentejo + Regional Alentejano
40,4
45,9
43,2
43,2
DOC's da R. Algarve + Regional Algarve
0,4
0,3
0,3
0,3