26/05/2008

Feira do Livro de Lisboa.

Livros do dia:
 

 

Mourinho, contratto di tre anni all'Inter

Milan: avanza l'ipotesi di scambio Mancini-Borriello con la Roma. E Zambotta consiglia Eto'o e Ronaldinho

Corriere della Sera

Faltam opções de transporte público para quem quer deixar o carro em casa

Face à escalada do petróleo, quem mora no Porto tem mais condições do que em Lisboa para optar pelo transporte público, mas, ainda assim, as dificuldades são muitas nas duas urbes

Apesar da escalada de preços do petróleo do último ano e do seu efeito sobre o rendimento das famílias, os portugueses hesitam em deixar o carro em casa e a optar por transportes públicos. É a conclusão global que se retira ao confrontar os dados do último ano fornecidos ao PÚBLICO pelas maiores empresas de transporte público urbano, mesmo que se notem algumas diferenças entre as duas maiores áreas metropolitanas do país, com o Porto a dar sinais de um crescimento que não se verifica em Lisboa.
Registam-se sinais de quebra na Carris, Transtejo e Soflusa, contra uma tendência contrária nos transportes urbanos e suburbanos do Porto, CP, Metro e Fertagus, o que faz com que o resultado global não seja claro nem sustentado. Se o prazo de comparação for alargado aos últimos dois anos, a tendência para uma maior procura de transportes públicos é mais visível, mas continua a ser fraca face ao encargo crescente de encher o depósito do automóvel.

 

Salvem: Os enchidos, os doces conventuais e os pratos típicos de cada região, símbolos da cultura portuguesa, estão em risco.

O alerta é dado por especialistas de gastronomia que pedem bom senso na aplicação das regras de higiene alimentar. E bom senso à ASAE.
Por Ana Machado e Sofia Rodrigues

"Será que há pratos que só se vão poder fazer em casa? A pergunta é lançada por quem conhece ao pormenor receitas de cozinha regional incompatíveis com as exigências de uma legislação comunitária que a Autoridade para a Segurança e Alimentação Económica (ASAE) faz cumprir com rigor.
José Manuel Alves, responsável pelo site gastronomias.com e grão-mestre das confrarias dos gastrónomos do Algarve, está preocupado com os efeitos da aplicação cega do pacote de higiene comunitário: "Há muitas tradições que se vão perder."
Outros membros de confrarias contactados pelo P2 também contestam o exagero na fiscalização, defendem formação profissional e, sobretudo, a criação de excepções à lei para os pequenos produtores e para as pequenas quantidades.
O autor de gastronomias.com sugere como exemplo um prato típico da serra algarvia: milhos ferventados. São cozinhados com uma lenha especial, cuja cinza é peneirada e deitada para dentro da água até a pele do milho sair. São depois lavados e esfregados com sal grosso até deixar de haver vestígios de cinza e cozinhados com carne de porco como se fosse feijão. Confeccionar este prato com milho americano já sem pele não é a mesma coisa: "Sem saber qual dos milhos foi cozinhado, já experimentámos das duas maneiras e o sabor não é o mesmo."
Mas a doçaria conventual já teve também de se adaptar às novas regras. Guilherme Licksed já perdeu a conta às gerações que fabricaram, desde 1730, o pão-de-ló de Margaride, na fábrica de Felgueiras. Actual responsável da fábrica, Licksed conta como a arte bicentenária teve de alterar os seus hábitos com as visitas da ASAE. "Já todos tivemos visitas da ASAE e levantam-se sempre problemas. Afinal a madeira pode ou não usar-se?", questiona-se sobre a alteração que fizeram numa fábrica onde todas as máquinas de amassar a massa do pão-de-ló eram em madeira. "Mantemos as máquinas antigas só para serem vistas. Todo o processo de fabrico passou a ser feito em inox", conta.
O pão-de-ló de Margaride viu-se assim obrigado a render-se à modernidade, mas Guilherme Licksed garante que o sabor se mantém, as pessoas não se queixam. Só que subsistem dúvidas: "Também já cá estiveram técnicos que nos dizem que não está escrito em lado nenhum que é proibido usar a madeira." Também o armazenamento da farinha e do açúcar, que era feito em grandes balsas de madeira, teve de ser alterado. "Foi um grande investimento."
Colher de pau obrigatória
Pedro Vaz está à frente do fabrico de outra pérola dos pães-de-ló nacionais, o pão-de-ló de Vizela. Pedro é já a quinta geração de fabricantes da Casa Delícia e garante que ali a madeira é essencial numa das fases mais importantes do processo de fabrico desta relíquia da doçaria nacional: "O pão-de-ló é barrado no final com uma calda de açúcar e a temperatura do açúcar obriga a que seja espalhada com uma colher de pau. Nunca foi proibida a colher de pau. Não pode estar é em mau estado de conservação", diz sobre aquele instrumento precioso para a integridade do pão-de-ló de Vizela. "O inox aqui não dava e também não há colheres em inox com o formato que usamos em madeira. Temos é de mudar as colheres muito mais regularmente. Tem de ser. Já muita coisa se está a perder", alerta.
Na zona da serra da Estrela, o queijo que tem "alimentado gerações" é também o sustento de muitas famílias. As pequenas produções sentem-se ameaçadas pelo rigoroso cumprimento da legislação comunitária não só por razões de higiene mas também por motivos burocráticos. "Há produtores de 60 anos que nem a quarta classe têm. Fazem bem o produto, mas é com dificuldade que escrevem os registos de produção e de venda exigidos por lei", ilustra João Madanelo, membro da Confraria do Queijo da Serra.
As formalidades podem ser dissuasoras para as produções caseiras. "O cumprimento de todas as regras pode ser ameaçador para a continuação do produto e de todo o ecossistema", sublinha João Madanelo, que recomenda bom senso à ASAE e deixa-lhe um recado - "não se pode confundir esterilidade com limpeza".
Francisco Lino, chanceler da Confraria do Azeite, dá outro exemplo dos reflexos causados por uma "atitude musculada da lei": o fecho de 600 unidades produtivas e o consequente abandono dos campos. Algumas "foram bem fechadas", outras nem tanto. "Não se pode multar porque uma teia de aranha apareceu no tecto e não se olha para o asseio das instalações", afirma Francisco Lino, referindo-se a uma acção da ASAE num lagar onde se produzia "um dos melhores azeites nacionais". Para o apreciador de azeite, quem perde é o consumidor: "Os pequenos produtores começam a abandonar o campo e as grandes unidades de produção cultivam olivais intensivos com plantas que vêm de fora e que dão um produto diferente."
100 km por uma alheira
À mesa do restaurante, o cliente também fica com menos opções no menu. Actualmente, não é possível o abate de aves e coelhos fora dos matadouros e o aproveitamento do sangue dos animais para fazer pratos como o arroz de cabidela. Ana Soeiro, especialista em qualificação de produtos tradicionais, recomenda que seja autorizada aos restaurantes a compra de aves e coelhos, em pequenas quantidades, directamente a explorações agrícolas ou outras unidades de actividade marginal e localizada. Até porque, em alguns casos, o matadouro mais próximo fica a mais de 100 quilómetros, o que leva ao uso de alternativas menos apetecíveis. "Como não existe nenhum matadouro de aves e coelhos na nossa região, utilizam-se animais de aviário na confecção de alheiras", constata João Paulo Costa, da confraria gastronómica da carne de porco bísara.
Para Ana Soeiro, é também uma "deficiente e rígida" interpretação dos regulamentos comunitários que impede de serem servidos aos hóspedes de uma casa de turismo rural refeições com carne de animais abatidos na própria exploração agrícola. O seu consumo só é permitido aos membros da família que gere o espaço. Interpelado pelo P2, o ministro da Agricultura, Jaime Silva, tem outra leitura deste caso e frisa que se podem abater galinhas e coelhos nas propriedades de turismo rural e servir a carne aos hóspedes. Só ficam de fora os bovinos e ovinos, por causa do risco de encefalopatias espongiformes, acrescentou o ministro.
A autorização dada no início deste ano pelo Ministério da Agricultura para a produção de pequenas quantidades de fumeiro em casa, num período temporário, para venda ao consumidor final, veio repor a legalidade em torno das feiras de fumeiro. Mas o licenciamento das cozinhas particulares era ainda desconhecido por muitos expositores da feira de Montalegre que optaram por ficar em casa.
"Houve um grande temor à ASAE. Muitos produtores, sobretudo os mais velhos, recusaram-se a vir, com medo de serem humilhados", conta o veterinário municipal, Domingos Moura.
A recente preocupação com a ameaça à integridade da gastronomia portuguesa levou a bancada parlamentar do PS a criar um grupo de trabalho para fazer um levantamento das particularidades dos produtos tradicionais. Uma forma de harmonizar a cultura e as regras de higiene alimentar. Trabalho nem sempre fácil. "

Publico

25/05/2008

O norte e o sul...

Há uma diferença significativa, nas mentalidades, entre o norte e o sul de Portugal. No norte ainda há muitos que entendem, que o Estado, tem obrigação de os sustentar, e que o resto do País, como serão menos inteligentes ou espert(alhaç)os, que paguem as suas vantagens. Os politicos, que de uma forma geral vem de lá, com a sua forma arrojada de ser, pois tem a necessidade de se mostrar aos familiares vizinhos e amigos que venceram na cidade (leia-se Lisboa), tem naturalmente pactuado com isso. Fica-lhes bem! São em geral os mesmos que querem a regionalização! Pois com ela sempre podem ser Regedores... A esses nunca ouvimos baterem-se pela unica ponte paga em portugal, que é a 25 de Abril ! aquela em que não há efectivamente forma de tornear o caminho, pelos residentes no "deserto", que todos os dias demandam a Lisboa e outros lugares circundantes. Estamos a falar de largos milhares de cidadãos ,que pagam os impostos e fogem aos mesmos como em todo o lado, aqueles que não tem caminhos alternativos, para chegar aos empregos, escolas, serviços, etc. Portanto, deem a gratuitidade dessas scuts aos portistas e circundantes, façam-lhes as pontes que eles querem, pois dá sempre mais jeito uma... que o resto do país não se importa, precisar é outro assunto!
"Scut: Marcha lenta paralisou a Baixa do Porto
Os membros das comissões de utentes das vias Scut (Sem Custos para o Utilizador) que ontem organizaram uma "marcha lenta" em direcção à Baixa do Porto (Avenida dos Aliados), qualificaram como um "sucesso", o protesto contra a introdução de portagens nas concessões "Costa da Prata" (A29), "Grande Porto" (A41 e A42) e "Norte Litoral" (A28). "

 

24/05/2008

Antes que o censurem!!!

Rápido!!! Antes que o censurem!!! http://wwwoverstream.net/view.php?oid=eouas6mgazig 

A brincadeira de Sokal...

"O imbecil colectivo... é uma colectividade de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior, que se reúnem movidas pelo desejo comum de imbecilizar-se umas às outras".Olavo de Carvalho

Uma divertida, mas muito oportuna tempestade, ainda agitando os subúrbios da vida académica americana. Um físico, Dr. Alan Sokal, professor da New York University, publicou na edição da primavera/verão da "Social Text", uma revista esquerdista de crítica cultural, dedicada sobretudo ao "pós-modernismo", um enroladíssimo ensaio intitulado "Atravessando as Fronteiras: em Direcção a uma Hermenêutica Transformativa da Gravidade Quântica"! Logo depois, Sokal publicou em outra revista, "Língua Franca", um artigo sob o título de "Um Físico faz Experiências com Estudos Culturais".

Neste, ele explica que o texto mandado para "Social Text" era uma paródia às custas dos praticantes dos "estudos da ciência"; não mais que uma piada repleta de frases sem sentido, para dar a impressão de que estava questionando a validade da mensuração da "realidade" física...

O que doeu para burro (não é jogo de palavras...) é que a revista "Social Text", que hospedara essa brincadeira, havia conquistado certa reputação de seriedade na linha culturalista de esquerda. Tornara-se uma espécie de último refúgio intelectual dos resíduos de um radicalismo académico que ainda floresce em áreas menos iluminadas das chamadas "ciências sociais". Há muito tempo, os cientistas das disciplinas "duras" vem sentindo crescente desgosto com o facilitário, a parolagem e as pretensões intelectuais dessa turma "engajada".

Ninguém se esquece do que aconteceu nos tempos áureos do socialismo de Stálin. Nessa época, a teoria da relatividade era ciência "burguesa" e "judaica"; a cibernética era banida por motivos parecidos (o que atrasou enormemente a tecnologia soviética) e a genética mendeliana dava Gulag ou pior (porque contrariava o suposto socialista da "hereditariedade dos traços adquiridos").

Essas histórias, é verdade, são antigas, mas o vício do patrulhamento, pela submissão da ideia à ideologia, parece gostoso demais às esquerdas, em que conseguem alguma parcela de poder. Aqui nas terras de Macunaíma, muita gente foi patrulhada e perseguida, não raro da maneira mais calhorda _tudo, é claro, em nome da "boa causa". Há patrulhadores contumazes: Antonio Callado, por exemplo, na literatura, e Emir Sader, nas ciências sociais.

O primeiro buscou vetar a publicação no Jornal do Brasil de artigos de Olavo de Carvalho, um filósofo de grande erudição, e o segundo investiu contra José Guilherme Merquior, que foi indubitavelmente o sociólogo de maior densidade cultural da jovem geração brasileira e o que mais se projectou internacionalmente.

A brincadeira de Sokal não mereceria talvez mais que uma gargalhada, se os colaboradores do "Social Text" não tivessem perdido a desportiva e falado em "quebra de ética" e outras coisas feias, armando uma verdadeira guerra contra os chamados "conservadores na ciência". Na verdade, eles confessam que haviam tomado o artigo de Sokal como uma tentativa séria de um físico para encontrar na "filosofia pós-moderna" algum apoio para os desenvolvimentos na sua ciência.

E algumas afirmações do editor da revista, professor Stanley Fish, da Duke University, acabaram soando quase tão engraçadas quanto as de Sokal: "Os sociólogos da ciência, diz ele, não estão tentando fazer ciência, mas sim encontrar uma rica e poderosa explicação do que significa fazê-lo"... (sic)

Essa tentativa de auto-justificação espicaçou irritações acumuladas e atiçou um fogo de morro-arriba nos círculos académicos pelo mundo afora. Não é de hoje, naturalmente, que pensadores sérios reclamam contra o facilitário com que praticantes das chamadas "ciências sociais" e da filosofia_ abusam dos critérios de racionalidade e da semântica, às vezes em defesa de interesses ideológicos imediatistas.

O grande lógico-matemático Carnap, por exemplo, desancou asserções sem sentido de filósofos então na moda. Tudo isso, porém, faz parte do jogo, e não despertaria atenção se não fosse a crescente falta de desconfiômetro intelectual dos "radicais chiques", "engajados", negando validade aos esforços de conhecimento objectivo das ciências e pregando descaradamente como "ciência" seus próprios preconceitos políticos e ideológicos.

A discussão estourou feia por outros campos. Por exemplo, um jornalista trouxe à baila que, em alguns casos, estava sendo ensinado que Cleópatra e Sócrates eram ambos negros, que a filosofia e a ciência gregas haviam sido roubadas da África e que Aristóteles roubara a sua filosofia da biblioteca de Alexandria.

Tolices como essas mal escondem um viés paternalista insultuoso, que só desserve à causa da justiça à raça negra. Não sem razão, o super-radical líder negro americano Farrakhan, que fez a recente notável marcha sobre Washington e que prega, inclusive, uma estrita separação em relação aos brancos, rejeita esse bom-mocismo e reclama dos seus correligionários uma "auto-afirmação séria".

Para nós, acostumados a um grau de descaramento muito mais grosso por parte dos nossos radicais e corporativos, as diluídas repercussões do caso que nos estão chegando podem parecer diversão de Primeiro Mundo. Mas, por trás de tudo isso, há perguntas válidas. Será tudo tão relativo que nada de objectivo se possa afirmar sobre o mundo real? Está o cientista obrigado pelas regras lógicas e éticas da consistência, ou o "engajamento" será o mais importante de tudo? Será toda a "verdade" sempre "política" e "ideológica", ou os princípios da Razão podem levar-nos a um conhecimento cada vez mais amplo, acessível a todos e por todos aferível?

Não há respostas absolutas para essas indagações. Mas todos nós temos de manter alguma relação com aquilo que podemos chamar de "mundo real". Mesmo um engajado "sociólogo da cultura", por mais enroscado que esteja na "desconstrução pós-moderna", ao apertar o botão da luz espera que a lâmpada acenda, e, ao virar a chave do carro, espera sem sombra de dúvida que as "relativas" leis da física e da química e a matemática em que são formuladas não pararão de funcionar naquele exacto momento.

Por outro lado, o esforço de "desconstrução", como todos os esforços críticos, pode ser útil para balizar nosso pensamento e mostrar alguns dos nossos limites. Que não são muita novidade, aliás. Há 25 séculos, os gregos quebravam a cabeça com paradoxos não diferentes daqueles sobre os quais se debruçariam os matemáticos e lógicos Whitehead e Russell e, mais recentemente, Gõdel.

Os economistas, esses então, vivem com permanente enxaqueca, porque lidam com matérias que são, ao mesmo tempo, próprias da matemática e da física, da história e da cultura. Ou seja, de um lado há o risco do buraco negro de um excessivo grau de abstracção; de outro, o lameiro do facilitário com que os malandros se valem das "ciências sociais". Com pequenas perversidades de um lado e de outro. Por exemplo, Paul Krugman, o economista (é claro...), recentemente contou a anedota do professor de economia hindu que assim tentava explicar aos alunos a reencarnação: "Se vocês forem sérios, aplicados, fizerem bem os seus deveres, na próxima encarnação voltarão como físicos. Se forem malandros e relaxados, voltarão como sociólogos"...

Não pretendo tirar conclusões, porque prefiro não apanhar nem de um lado nem de outro. Já sofri a minha quota de patrulhamento. Mas, que seria bastante útil um pouco mais de rigor no discurso brasileiro, seria. Só haveria ganhos se começássemos a praticar a semântica do sujeito-verbo-predicado, em vez do nosso tropical desrespeito pelas palavras e pelo fato de que, por trás delas, tem de haver certo sentido nas coisas...

 

Roberto Campos, 79, economista e diplomata, é deputado federal pelo PPB do Rio de Janeiro. Foi senador pelo PDS-MT e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994).

1_2_3_JUNHO_DIAS SEM ABASTECIMENTO NA GALP_BP_REPSOL

Estamos a uma semana !!! Não esquecer, e se entenderem comecem mais cedo!

"PASSEM A PALAVRA
Vamos fazer a diferença!
Isto tem que começar por algum lado!
Vamos passar a palavra e não ser indiferentes, temos que fazer com que as
coisas mudem!
A subida vertiginosa do preços dos combustíveis tem que parar e temos que
fazer com que baixem!
Para tal vamos combinar três dias nacionais seguidos de NÃO ABASTECIMENTO NA
BP, GALP, REPSOL!
Esses dias serão o 1 -2 -3 de Junho que vem!

VAMOS FAZER A DIFERENÇA!

Nesses dias abasteçam em outros postos de combustíveis tais como a Esso,
Total, Continente (antigo Carrefour), Intermarché, Jumbo e Eleclerc!
Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes!
Agora é só passar a palavra com urgência!
Estou farto de ser levado na hora de pagar!

CHEGA!
SEJAMOS UNIDOS PORTUGUESES E TODOS OS QUE TENTAM SOBREVIVER EM PORTUGAL!
NÃO ESQUEÇAM 1 - 2 - 3 de JUNHO que vem Não Abasteçam na BP, GALP e REPSOL!
FORÇA PORTUGAL! "

23/05/2008

Planeta Terra

 
Planeta Terra (Ligue o som)

Vejam este link:

Muito bom!

 

22/05/2008

Pai nosso que estais no céu...

VOCÊ: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui...
VOCÊ: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
VOCÊ: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando.... Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Ai, você fez de novo.
VOCÊ: Fiz o que?
DEUS: Me chamou! Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que posso ajudá-lo?
VOCÊ: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumprí-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
VOCÊ: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas prossiga sua oração.
VOCÊ: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espera ai! O que você quer dizer com isso?
VOCÊ: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
VOCÊ: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO. "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."
DEUS: Esta falando sério?
VOCÊ: Claro! Por que não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
VOCÊ: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
VOCÊ: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei! Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá a televisão, as propagandas que você corre atrás e o pouco tempo que você dedica a Mim?
VOCÊ: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
VOCÊ: Esta certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente, peço saúde, mas não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e Você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
VOCÊ: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração está demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: ... "o pão nosso de cada dia nos dai hoje..."
DEUS: Pare ai! Você esta me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
VOCÊ: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..."
DEUS: E o seu irmão desprezado?
VOCÊ: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e a sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
VOCÊ: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
VOCÊ: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei.
VOCÊ: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
VOCÊ: Mais uma vez está certo! Mais só quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem, eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você, como está se sentindo?
VOCÊ: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
VOCÊ: "E não deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Ótimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
VOCÊ: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
VOCÊ: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre a me pedir socorro.
VOCÊ: Estou com muita vergonha, Perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdôo! Sempre perdôo a quem esta disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
VOCÊ: Terminar? Ah, sim, "AMÉM!"
DEUS: O que quer dizer AMÉM?
VOCÊ: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer AMÉM quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! quer dizer, ASSIM SEJA, concordo com tudo que rezei.
VOCÊ: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, aqueles que querem ser livres do pecado. Abençôo-te e fica com minha paz!
VOCÊ: Obrigado Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

15 mil docentes a recibo verde

Este Ministério tem uma posição curiosa: professores a ganharem escandalosamente, para a media nacional, e só com meia duzia de horas, por semana de trabalho na escola... meses de férias... e depois estes casos aberrantes...

"Cerca de 15 mil professores que asseguram as actividades de enriquecimento curricular (AEC) estão em situação precária. As contas são dos sindicatos, que defendem uma "profunda alteração na forma de organização e promoção" das AEC, com o fim "imediato do recurso a falsos recibos verdes".

Correio da Manhã

Juiz-conselheiro explica 'saco azul' com sexo, mentiras e vingança (Felgueiras)

O nivel está elevadissimo! até um Juís-conselheiro jubilado...
 
Juiz-conselheiro explica 'saco azul' com sexo, mentiras e vingança

Jornal de Notícias
José Vinha
 
Almeida Lopes, juiz- conselheiro jubilado e primo de Fátima Felgueiras, afirmou ontem em tribunal que o processo "saco azul" de Felgueiras resultou de uma vingança passional, porque os arguidos Joaquim Freitas e Horácio Costa, denunciantes do caso, estavam apaixonados e queriam manter relações sexuais com a autarca.
Assumindo-se como "conselheiro jurídico" da prima, na altura em que rebentou a polémica, o também ex-Presidente do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, relatou, ao longo de duas horas, confidências de uma conversa alegadamente tida com Joaquim Freitas, em Mindelo, (Vila do Conde) onde ambos possuem casa de praia. Nessas conversas, disse o magistrado, Joaquim Freitas "abriu-se todo". "Estava profundamente apaixonado pela minha prima com quem pretendia ter relações íntimas"...

 

Portugal quer mais cautela com refinaria em Badajoz

Será só isto ou uma refinadora á porta pode estragar o negócio á "nossa" Galp ?
 

Jornal de Notícias
Guadiana não deve ser afectado por refinaria espanhola
Cinco organismos portugueses e a empresa do Alqueva consideram que a avaliação do impacte ambiental da construção de uma refinaria em Badajoz, na bacia do Guadiana, deve ponderar os efeitos, para Portugal, de riscos de acidentes industriais, consumo de água, contaminação dos recursos hídricos, poluição do ar e de consequências, nas praias algarvias, de eventuais derrames de crude.
 
Em causa está a construção de uma refinaria a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal (Elvas), e as futuras operações de trasfega de crude no porto mediterrânico de Huelva, que vai ser ligado àquela instalação por um oleoduto atravessando a Andaluzia.
 
A Refinaria Balboa, um investimento de 2500 milhões de euros controlado em 47% pelo Grupo Alfonso Gallardo e apoiada por grupos financeiros e industriais e pelo governo autónomo extremenho, deverá processar 110 mil barris de petróleo por dia (mais de 5,7 milhões de toneladas por ano de crude e outras matérias primas).
 
Na primeira consulta pública, a Agência Portuguesa do Ambiente considera que o estudo de impacte ambiental omite aspectos relacionados com eventuais efeitos transfronteiriços da contaminação de solos e recursos hídricos pelos resíduos da refinaria, recomenda melhor avaliação da qualidade do ar e considera necessário verificar riscos de acidentes industriais.
 
O Instituto da Água e a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo preocupam-se com os impactes potenciais dos efluentes da refinaria (carreando compostos químicos) e notam que deve ser avaliado o efeito do consumo de quatro hectómetros cúbicos de água por ano na quantidade e na qualidade da água do Guadiana, que abastece 200 mil alentejanos e pode reforçar o fornecimento ao Algarve. Também não devem ser postos em causa o empreendimento do Alqueva nem os projectos agrícolas e turísticos da região.
 
O Turismo de Portugal e a Empresa de Desenvolvimento e Infra--estruturas do Alqueva querem mais estudos na água e no território português, especialmente quanto a impactes nas praias algarvias e no estuário do Guadiana em caso de derrame no terminal de combustíveis entre Huelva e Palos de la Frontera. 

18/05/2008

Mensagem da Comissária Meglena Kuneva

"Os consumidores são os protagonistas da economia europeia."

"Há actualmente na Europa mais de 490 milhões de consumidores, cujas despesas representam mais de metade do produto interno bruto (PIB) da UE. Os consumidores são essenciais para o crescimento económico e a criação de emprego. No entanto, os consumidores da UE mostram-se ainda reticentes em fazer compras no estrangeiro. Penso que deveriam comprar noutros países com a mesma confiança que sentem em casa."


Meglena Kuneva, Comissária Europeia responsável pela Defesa dos Consumidores

europa

 

Catalunha garante que "Espanha ainda não assumiu independência de Portugal"

Pode ser que depois desta noticia ser devidamente divulgada, se abram algumas mentalidades!
"O vice-presidente do Governo Autónomo da Catalunha, Josep-Lluís Carod Rovira, disse que a Espanha ainda não assumiu que Portugal é um Estado independente. Carod Rovira considera que Madrid pretende manter uma "tutela paternalista" e uma atitude de "imperialismo doméstico" sobre o Estado Português, onde, acrescentou, "historicamente, sempre houve um certo complexo por parte de alguns sectores dirigentes em relação a Espanha".

 

Howard - o assistente de compras

Em branco

A experiência demonstra-nos que na maior parte dos casos é difícil ajudar o consumidor quando a compra já correu mal, o melhor é apostar na prevenção e na informação.
O consumidor precisa de meios que lhe permitam
- Escolher melhor
- Conhecer melhor a legislação
- Comparar preços
- Conhecer "trustmarks" de outros países
Não é fácil ao consumidor ir buscar esta informação.
E para comprar mais informado, terá de
… Fazer várias pesquisas,
… Entrar em fóruns de discussão
… Perguntar à rede o que se sabe do profissional,
...Conhecer os seus direitos enquanto consumidor no país em que está a comprar,
...Se comprar, que garantia terá o produto,
...Poderá desistir?
...Se não correr bem, onde se dirigir?
E se…
Se tiver esta informação à distância de um clique?
Para que o consumidor possa comprar mais informado criámos o Howard, o seu assistente de compras.
A informação que necessita, no momento em que necessita.

17/05/2008

Médicos de Lisboa fazem menos de 100 operações por ano, os do Centro mais de 230!

Isto é um autentico atentado à saude publica, e ao dinheiro que todos nós contribuintes pagamos, para os Srs funcionários publicos não respeitarem!
"Os números são elucidativos: na região de Lisboa e Vale do Tejo cada oftalmologista fez em 2006 cerca de 1090 consultas por ano, contra as 1380 asseguradas pelos seus colegas da região Norte e as 1528 garantidas pelos profissionais do Centro. Também na média de cirurgias/médico, Lisboa e Vale do Tejo ficava a léguas das outras regiões: abaixo das 100 cirurgias por médico/ano, quando no Norte cada médico fazia 233, em média, e, no Centro, 238. Estes dados já eram conhecidos desde o Verão passado, altura em que a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) concluiu um detalhado relatório sobre a situação.
Mas só depois de as primeiras excursões de idosos de Vila Real de Santo António a Cuba (ver reportagem abaixo) aparecerem na comunicação social é que a lista de espera se transformou em escândalo nacional. O ex-ministro Correia de Campos chegou a dizer que bastava que os médicos fizessem mais meia consulta e 0,6 cirurgias por dia para que o problema se resolvesse." Publico

 

As mulheres tem sempre resposta para tudo!...

Umas piadas...
 
Ele disse... Não sei porque usas soutien; não tens nada para pôr lá dentro.
Ela disse... Tu usas cuecas, não usas?

Ele disse... É verdade que só me amas por causa da fortuna que o meu pai me deixou?
Ela disse... Não, querido. Eu amar-te-ia de qualquer maneira, independentemente de quem te deixou a fortuna.

Ele disse... Desde a primeira vez que te vi, quis fazer amor contigo da pior maneira possível.
Ela disse... Bem, conseguiste.

Ele disse... Tens peito liso e pêlos nas pernas. Alguma vez te confundiram com um homem?
Ela disse.. Não, e a ti?

Ele disse... Porque é que vocês mulheres sempre nos tentam impressionar com o vosso aspecto em vez de com o vosso cérebro?
Ela disse... Porque há mais chances de um homem ser imbecil do que ser cego.

Ele disse... Vamos sair e divertirmo-nos hoje?
Ela disse... Está bem, mas se chegares a casa primeiro do que eu, deixa a luz do corredor ligada.

Ele disse... Porque é que nunca me dizes quando tens um orgasmo?
Ela disse... Eu até dizia, mas nunca estás presente.

Novas Oportunidades: ministra assegura que vão acabar recibos verdes e serão liquidados vencimentos em atraso

Esperemos que sim, pois haverá um salto qualitativo que deverá ser seguido por outros ministérios!
"A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assegurou hoje que estão criadas as condições que permitirão acabar com os recibos verdes e liquidar os vencimentos em atraso existentes entre os formadores do programa Novas Oportunidades, depois do semanário "Expresso" ter denunciado o trabalho precário." Publico

 

As mulheres tem sempre resposta para tudo!...

Ele disse... Não sei porque usas soutien; não tens nada para pôr lá dentro.
Ela disse... Tu usas cuecas, não usas?

Ele disse... É verdade que só me amas por causa da fortuna que o meu
pai me deixou?
Ela disse... Não, querido. Eu amar-te-ia de qualquer maneira,
independentemente de quem te deixou a fortuna.

Ele disse... Desde a primeira vez que te vi, quis fazer amor contigo
da pior maneira possível.
Ela disse... Bem, conseguiste.


Ele disse... Tens peito liso e pêlos nas pernas. Alguma vez te
confundiram com um homem?
Ela disse.. Não, e a ti?

Ele disse... Porque é que vocês mulheres sempre nos tentam
impressionar com o vosso aspecto em vez de com o vosso cérebro?
Ela disse... Porque há mais chances de um homem ser imbecil do que ser cego.

Ele disse... Vamos sair e divertirmo-nos hoje?
Ela disse... Está bem, mas se chegares a casa primeiro do que eu,
deixa a luz do corredor ligada.

Ele disse... Porque é que nunca me dizes quando tens um orgasmo?
Ela disse... Eu até dizia, mas nunca estás presente.

 

Frases interessantes.

"Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles." - Abraham Lincoln

"É falta de educação calar um idiota e crueldade deixá-lo prosseguir" - Benjamin Franklin

"Ele não sabe de nada e pensa que sabe tudo. Isso aponta claramente para uma carreira política" - George Bernard Shaw

"Sou a favor da liberdade de pensamento desde que não se transforme em palavras" - Conrado Balduccini

"Para que serve o poder se não se pode abusar dele?" - provérbio italiano

"Esse cara sozinho é uma quadrilha" - Samuel Wainer, sobre um desafeto

"O preço da grandeza é a responsabilidade" - Winston Churchill

"A mentira é como a bola de neve; quanto mais rola, tanto mais aumenta." - Martinho Lutero

"Paraíso é onde os cozinheiros são franceses, a polícia é inglesa, os mecânicos são alemães, os amantes italianos, o humor é brasileiro e tudo é organizado por políticos suíços.

Inferno é onde os cozinheiros são ingleses, os italianos são a polícia, os mecânicos são franceses, o humor é alemão, os amantes suíços e tudo é organizado por políticos brasileiros" - (autor desconhecido)

11/05/2008

à toa em San Pedro.

é o quarto volume de poemas de Charles Bukowski publicado pela Spectro Editora, fechando a tetralogia que compõe, no conjunto, a obra Open All Night.
Serve como um fecho pessimista, digno dos finais abruptos de seus poemas. Pessimismo que nunca o abandonou, mesmo quando já cercado de fortuna, às vezes disparando rajadas raivosas, com em onde enfiar, quando diz, "não me culpe pelo mundo fervilhando de assassinos./ não me culpe se você é um deles./ culpe seu pai./ culpe a igreja da esquina", ou ironizando em Chinaski, "ele está em um pequeno quarto de novo, / sempre em um pequeno quarto, fechando a porta, / trancando o mundo / do lado de fora."
Pessimismo e ironia que estão na aranha esmagada em problemas na noite, no médico que reclama da paciente que não morre em meu médico, ou na massacrante rotina dos prédios cheios de gente em telefones.

Charles Bukowski

Abaixo vai um trecho do poema Splash do livro Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém

(..)
isto não é um poema.
poemas são um tédio,
eles te fazem
dormir.

estas palavras te arrastam
para uma nova
loucura.


você foi abençoado,
você foi atirado
num
lugar que cega
de tanta luz.

o elefante sonha
com você
agora.
a curva do espaço
se curva e
ri.

você já pode morrer agora.
você já pode morrer do jeito
que as pessoas deveriam
morrer:
esplêndidas,
vitoriosas,
ouvindo a música,
sendo a música,
rugindo,
rugindo,
rugindo.

Assedio Moral

Estratégias do agressor
  • Escolher a vítima e isolar do grupo.
  • Impedir de se expressar e não explicar o porquê.
  • Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares.
  • Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar.
  • Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho.
  • Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool.
  • Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, freqüentemente, por insubordinação.
  • Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade.

A explicitação do assédio moral:

Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, humilhar repetidamente, inferiorizar, amedrontar, menosprezar ou desprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, piadas jocosas relacionadas ao sexo, ser indiferente à presença do/a outro/a, estigmatizar os/as adoecidos/as pelo e para o trabalho, colocá-los/as em situações vexatórias, falar baixinho acerca da pessoa, olhar e não ver ou ignorar sua presença, rir daquele/a que apresenta dificuldades, não cumprimentar, sugerir que peçam demissão, dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas ou mesmo irão para o lixo, dar tarefas através de terceiros ou colocar em sua mesa sem avisar, controlar o tempo de idas ao banheiro, tornar público algo íntimo do/a subordinado/a, não explicar a causa da perseguição, difamar, ridicularizar.

As manifestações do assédio segundo o sexo:

Com as mulheres: os controles são diversificados e visam intimidar, submeter, proibir a fala, interditar a fisiologia, controlando tempo e freqüência de permanência nas casas de banho. Relaciona atestados médicos e faltas a suspensão de coisas básicas ou promoções.

Com os homens: atingem a virilidade, preferencialmente.

10/05/2008

Centro Interpretativo e Grutas do Escoural reabriram.

Tal iniciativa concretizou-se graças à parceria desenvolvida entre a Direcção Regional da Cultura do Alentejo, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Santiago do Escoural, que asseguram a limpeza.

 

Évora-Aeródromo com iluminação na pista em Junho

A obra de iluminação da pista do Aeródromo Municipal de Évora e da instalação do Sistema PAPI (Precision Approach Path Indicator) está a decorrer dentro dos prazos, e assim prevê-se que durante o mês de Junho já seja possível efectuar a sua inauguração.

 

'DIFERENÇAS ENTRE PRISÃO E TRABALHO'

PRESÍDIO
Você passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.
TRABALHO
Você passa a maior parte do tempo numa sala 3x4m.
_____________________________________________________

PRESÍDIO
Você recebe três refeições por dia de graça.
TRABALHO
Você só tem uma, no horário de almoço, e tem que pagar por ela.
_____________________________________________________

PRESÍDIO
Você é liberto por bom comportamento
TRABALHO
Você ganha mais trabalho com bom comportamento.
______________________________________________________

PRESÍDIO
Um guarda abre e fecha todas as portas para si.
TRABALHO
Você mesmo deve abrir as portas, se não for barrado pela segurança por ter esquecido o crachá.
_____________________________________________________

PRESÍDIO
Você assiste TV e joga baralho, bola, dama..
TRABALHO
Você é demitido se assistir TV e jogar qualquer coisa.
_____________________________________________________

PRESÍDIO
Você pode receber a visita de amigos e parentes.
TRABALHO
Você não tem nem tempo de lembrar deles.
_____________________________________________________

PRESÍDIO
Todas as despesas são pagas pelos contribuintes, sem seu esforço.
TRABALHO
Você tem que pagar todas as suas despesas e ainda paga impostos e taxas
deduzidas de seu salário, que servem para cobrir despesas dos presos..
_______________________________________________________
PRESÍDIO

Algumas vezes aparecem carcereiros sádicos...
TRABALHO
Aqui no trabalho, carcereiros usam nomes específicos: Gerente,
Diretor, Chefe...

_______________________________________________________
PRESÍDIO
Você tem todo o tempo para ler piadinhas.
TRABALHO
Ah, se te pegarem...
TEMPO DE PENA
No presídio, eles saem em 15 anos.
No trabalho você tem que cumprir 35 anos, e não adianta ter bom comportamento.

09/05/2008

A brincadeira de Sokal...

Roberto Campos

Folha de São Paulo

"O imbecil colectivo... é uma colectividade de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior, que se reúnem movidas pelo desejo comum de imbecilizar-se umas às outras".Olavo de Carvalho

Uma divertida, mas muito oportuna tempestade, ainda agitando os subúrbios da vida académica americana. Um físico, Dr. Alan Sokal, professor da New York University, publicou na edição da primavera/verão da "Social Text", uma revista esquerdista de crítica cultural, dedicada sobretudo ao "pós-modernismo", um enroladíssimo ensaio intitulado "Atravessando as Fronteiras: em Direcção a uma Hermenêutica Transformativa da Gravidade Quântica"! Logo depois, Sokal publicou em outra revista, "Língua Franca", um artigo sob o título de "Um Físico faz Experiências com Estudos Culturais".

Neste, ele explica que o texto mandado para "Social Text" era uma paródia às custas dos praticantes dos "estudos da ciência"; não mais que uma piada repleta de frases sem sentido, para dar a impressão de que estava questionando a validade da mensuração da "realidade" física...

O que doeu para burro (não é jogo de palavras...) é que a revista "Social Text", que hospedara essa brincadeira, havia conquistado certa reputação de seriedade na linha culturalista de esquerda. Tornara-se uma espécie de último refúgio intelectual dos resíduos de um radicalismo académico que ainda floresce em áreas menos iluminadas das chamadas "ciências sociais". Há muito tempo, os cientistas das disciplinas "duras" vem sentindo crescente desgosto com o facilitário, a parolagem e as pretensões intelectuais dessa turma "engajada".

Ninguém se esquece do que aconteceu nos tempos áureos do socialismo de Stálin. Nessa época, a teoria da relatividade era ciência "burguesa" e "judaica"; a cibernética era banida por motivos parecidos (o que atrasou enormemente a tecnologia soviética) e a genética mendeliana dava Gulag ou pior (porque contrariava o suposto socialista da "hereditariedade dos traços adquiridos").

Essas histórias, é verdade, são antigas, mas o vício do patrulhamento, pela submissão da ideia à ideologia, parece gostoso demais às esquerdas, em que conseguem alguma parcela de poder. Aqui nas terras de Macunaíma, muita gente foi patrulhada e perseguida, não raro da maneira mais calhorda _tudo, é claro, em nome da "boa causa". Há patrulhadores contumazes: Antonio Callado, por exemplo, na literatura, e Emir Sader, nas ciências sociais.

O primeiro buscou vetar a publicação no Jornal do Brasil de artigos de Olavo de Carvalho, um filósofo de grande erudição, e o segundo investiu contra José Guilherme Merquior, que foi indubitavelmente o sociólogo de maior densidade cultural da jovem geração brasileira e o que mais se projectou internacionalmente.

A brincadeira de Sokal não mereceria talvez mais que uma gargalhada, se os colaboradores do "Social Text" não tivessem perdido a desportiva e falado em "quebra de ética" e outras coisas feias, armando uma verdadeira guerra contra os chamados "conservadores na ciência". Na verdade, eles confessam que haviam tomado o artigo de Sokal como uma tentativa séria de um físico para encontrar na "filosofia pós-moderna" algum apoio para os desenvolvimentos na sua ciência.

E algumas afirmações do editor da revista, professor Stanley Fish, da Duke University, acabaram soando quase tão engraçadas quanto as de Sokal: "Os sociólogos da ciência, diz ele, não estão tentando fazer ciência, mas sim encontrar uma rica e poderosa explicação do que significa fazê-lo"... (sic)

Essa tentativa de auto-justificação espicaçou irritações acumuladas e atiçou um fogo de morro-arriba nos círculos académicos pelo mundo afora. Não é de hoje, naturalmente, que pensadores sérios reclamam contra o facilitário com que praticantes das chamadas "ciências sociais" e da filosofia_ abusam dos critérios de racionalidade e da semântica, às vezes em defesa de interesses ideológicos imediatistas.

O grande lógico-matemático Carnap, por exemplo, desancou asserções sem sentido de filósofos então na moda. Tudo isso, porém, faz parte do jogo, e não despertaria atenção se não fosse a crescente falta de desconfiômetro intelectual dos "radicais chiques", "engajados", negando validade aos esforços de conhecimento objectivo das ciências e pregando descaradamente como "ciência" seus próprios preconceitos políticos e ideológicos.

A discussão estourou feia por outros campos. Por exemplo, um jornalista trouxe à baila que, em alguns casos, estava sendo ensinado que Cleópatra e Sócrates eram ambos negros, que a filosofia e a ciência gregas haviam sido roubadas da África e que Aristóteles roubara a sua filosofia da biblioteca de Alexandria.

Tolices como essas mal escondem um viés paternalista insultuoso, que só desserve à causa da justiça à raça negra. Não sem razão, o super-radical líder negro americano Farrakhan, que fez a recente notável marcha sobre Washington e que prega, inclusive, uma estrita separação em relação aos brancos, rejeita esse bom-mocismo e reclama dos seus correligionários uma "auto-afirmação séria".

Para nós, acostumados a um grau de descaramento muito mais grosso por parte dos nossos radicais e corporativos, as diluídas repercussões do caso que nos estão chegando podem parecer diversão de Primeiro Mundo. Mas, por trás de tudo isso, há perguntas válidas. Será tudo tão relativo que nada de objectivo se possa afirmar sobre o mundo real? Está o cientista obrigado pelas regras lógicas e éticas da consistência, ou o "engajamento" será o mais importante de tudo? Será toda a "verdade" sempre "política" e "ideológica", ou os princípios da Razão podem levar-nos a um conhecimento cada vez mais amplo, acessível a todos e por todos aferível?

Não há respostas absolutas para essas indagações. Mas todos nós temos de manter alguma relação com aquilo que podemos chamar de "mundo real". Mesmo um engajado "sociólogo da cultura", por mais enroscado que esteja na "desconstrução pós-moderna", ao apertar o botão da luz espera que a lâmpada acenda, e, ao virar a chave do carro, espera sem sombra de dúvida que as "relativas" leis da física e da química e a matemática em que são formuladas não pararão de funcionar naquele exacto momento.

Por outro lado, o esforço de "desconstrução", como todos os esforços críticos, pode ser útil para balizar nosso pensamento e mostrar alguns dos nossos limites. Que não são muita novidade, aliás. Há 25 séculos, os gregos quebravam a cabeça com paradoxos não diferentes daqueles sobre os quais se debruçariam os matemáticos e lógicos Whitehead e Russell e, mais recentemente, Gõdel.

Os economistas, esses então, vivem com permanente enxaqueca, porque lidam com matérias que são, ao mesmo tempo, próprias da matemática e da física, da história e da cultura. Ou seja, de um lado há o risco do buraco negro de um excessivo grau de abstracção; de outro, o lameiro do facilitário com que os malandros se valem das "ciências sociais". Com pequenas perversidades de um lado e de outro. Por exemplo, Paul Krugman, o economista (é claro...), recentemente contou a anedota do professor de economia hindu que assim tentava explicar aos alunos a reencarnação: "Se vocês forem sérios, aplicados, fizerem bem os seus deveres, na próxima encarnação voltarão como físicos. Se forem malandros e relaxados, voltarão como sociólogos"...

Não pretendo tirar conclusões, porque prefiro não apanhar nem de um lado nem de outro. Já sofri a minha quota de patrulhamento. Mas, que seria bastante útil um pouco mais de rigor no discurso brasileiro, seria. Só haveria ganhos se começássemos a praticar a semântica do sujeito-verbo-predicado, em vez do nosso tropical desrespeito pelas palavras e pelo fato de que, por trás delas, tem de haver certo sentido nas coisas...

 

Roberto Campos, 79, economista e diplomata, é deputado federal pelo PPB do Rio de Janeiro. Foi senador pelo PDS-MT e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994).

04/05/2008

Seis mil gerentes dizem ganhar salário mínimo.

Segundo dados apurados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, em 2006, seis mil gerentes de empresas disseram ganhar apenas o salário mínimo nacional, segundo noticia hoje o "Jornal de Notícias". Ainda segundo o Ministério do Trabalho, em 2006 existiam 344.006 empresas, 85 por cento das quais não tinha mais do que dez trabalhadores a cargo. O sector da restauração e hotelaria é o que declara pagar pior aos seus gerentes e directores

 

Especulação.

"Não se deve subestimar a importância que a especulação tem para fazer mexer os preços [dos produtos alimentares]".
 Marianne Fischer Boel, comissária europeia para a Agricultura, "Jornal de Negócios", 29-04-2008

 

03/05/2008

Inda que mal pergunte

Miguel Sousa Tavares, Expresso 

1 O Tribunal de Contas já explicou detalhadamente como é que o Estado conseguiu fazer um contrato de financiamento para a construção da Ponte Vasco da Gama mediante o qual acabámos a pagar duas ou três vezes o custo da ponte. Brilhantes escritórios da advocacia de influências que conseguiram tal proeza para o seu cliente; pobres contribuintes que vivem do seu trabalho e a quem o Estado chega a levar metade do que ganham, entre impostos directos e indirectos, para construir pontes e outras coisas que tais; desgraçados doentes do Serviço Nacional de Saúde que esperam dois anos por uma consulta urgente porque o Estado não tem dinheiro para lhes acudir em condições, porque gasta o dinheiro dos impostos a pagar três pontes em vez de uma! Agora, li há dias num jornal que o Governo pondera a hipótese de indemnizar a Lusoponte por lucros cessantes, decorrentes da entrada em funcionamento de uma nova ponte sobre o Tejo, a montante da Vasco da Gama. Leiam bem: o Governo concluiu que uma nova ponte era uma necessidade pública premente, para melhor servir as pessoas da zona da lezíria. E mandou fazê-la, conforme era sua obrigação. Mas, ao satisfazer assim uma necessidade pública, considera que veio atingir interesses privados, os quais consistiam exactamente em não servir o interesse público, para evitar a concorrência: as pessoas que dessem uma volta, de 50 ou mais quilómetros, para não falharem a Vasco da Gama. Presumo que isto também esteja previsto no contrato celebrado com a Lusoponte. O que pergunto é se acham normal que governantes assinem um contrato em que o Estado se compromete a indemnizar interesses privados no caso de fazer obra pública necessária?

2 Há muitos anos, e vá lá saber-se porquê, Mário Soares resolveu alcandorar Medeiros Ferreira ao posto passageiro de ministro dos Negócios Estrangeiros. Daí não veio grande mal ao país, visto que ele se limitou a fazer o habitual naquele cargo: passar a olhar o mundo de baixo para cima, em pose napoleónica, e começar a debitar tremendas e evidentes banalidades sobre o estado do planeta. Vinte anos a seguir, ocupou pacificamente um lugar de deputado na bancada do PS, não tendo, que me lembre, feito jamais intervenção parlamentar que se recorde ou lei que se recomende. Mas pode ser a minha memória a falhar. Do que não me lembro é de o ter visto discordar seriamente do seu partido em vinte anos que por lá passou tudo e mais alguma coisa. Daí o meu espanto ao ler que, agora que Sócrates o tirou das listas de deputados, Medeiros Ferreira descobriu que tinham querido calar "uma voz incómoda". Incómoda? O mesmo com o engenheiro João Cravinho. Governou quando quis e quanto quis (e bem mal, diga-se de passagem...), parlamentou quando quis e quanto quis e, quando já não quis, sacou um belíssimo lugar de administrador do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, com escritório na City de Londres e residência com vista para o Hyde Park. Antes de se despedir do Parlamento, Cravinho deixou ao PS uma herança envenenada: um chamado pacote contra a corrupção, que, além das boas e fáceis intenções, continha algumas disposições inconstitucionais e outras puramente demagógicas. Sentado ainda na Assembleia da República, de frente para José Sócrates, ouviu o primeiro-ministro classificar de "pateta" a sua proposta. Ouviu e calou. Esperou pela nomeação definitiva, mandou-se para Londres com a aura de herói da luta contra a corrupção e agora chora, nas páginas da 'Visão', pelos caminhos "neoliberais" do PS e da esquerda e afirma, com uma lágrima ao canto do olho, que "foi dos maiores choques da minha vida o mal-estar que o debate da corrupção causou no PS". Só pergunto a ambos: não podiam ter falado antes?

3 O mesmo com a dra. Catalina Pestana. Foi apresentada ao país como a salvadora da Casa Pia. Ela ia repor tudo na ordem, recuperar as boas práticas e o bom nome da instituição, defender os seus "meninos" contra tudo e contra todos e com o apoio institucional de todos, desde o Presidente da República até ao mais humilde funcionário da instituição. Agora, cessadas as suas funções, eis que vem afirmar que os maus tratos e os abusos a menores continuam dentro das paredes da Casa Pia. Ao ouvir isto, só me ocorre uma pergunta: o que lá esteve ela a fazer, então?

P.S. - A dra. Cândida Almeida, procuradora-geral-adjunta, corrigiu parte do que aqui escrevi na semana passada: não foi ela (enquanto magistrada encarregue de apurar as circunstâncias da obtenção da licenciatura pelo primeiro-ministro) a determinar a realização de escutas telefónicas aos responsáveis da Universidade Independente; essas escutas já tinham sido realizadas, a mando de uma sua colega e no âmbito de outro processo, e ela limitou-se a pedi-las e a pretender utilizá-las, aliás, como meio adicional de demonstrar a inocência do primeiro-ministro - o que lhe foi recusado pela juíza de instrução. Registo de bom grado a correcção - a que deu azo, apenas, o teor das notícias saídas na imprensa. Mas numa coisa discordo da dra. Cândida Almeida e concordo com a juíza de instrução: se já havia firmado a convicção sobre a inocência do primeiro-ministro, não vejo a necessidade de a reforçar com a utilização de conversas privadas que, inevitavelmente, acabariam no domínio público. Continuo a achar que as escutas telefónicas devem ser um meio excepcional de investigação e que quem a elas recorre deve ter consciência da violência que representa a sua publicitação. Mesmo que inócuas.

 

A politica portuguesa...

O eventual desinteresse dos jovens pela política partidária é um bom sinal. É um sinal de que a sociedade falhada construída pela geração do 25 de Abril pode ter os dias contados".
João Miranda, investigador em biotecnologia, "Diário de Notícias", 03-05-2008

 

Hospital de São João abre inquérito a cirurgias estéticas a funcionárias da unidade

 
é uma pratica corrente, as grandes empresas, terem uns pequenos beneficios para os seus funcionários...
 
A direcção do Hospital de São João, no Porto, vai abrir um inquérito interno à realização de cirurgias estéticas para aumento mamário a funcionárias da unidade hospitalar, uma situação que foi detectada durante uma auditoria e que está a ser alvo de uma investigação da Inspecção-Geral de Saúde (IGAS).