30/05/2006

Hospital de Santa Maria !

Será que não existe ninguém preocupado com esta situação, em Portugal ?

Estudo hoje apresentado no Porto


Fonte: PUBLICO.PT

No Serviço de Medicina do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, os doentes estão internados em média nove dias e a taxa de ocupação é superior a 122 por cento, o que significa que, em regra, há sempre cinco pessoas em macas no corredor por falta de camas.

Num estudo que hoje será apresentado no Porto, os autores defendem que, com uma gestão mais rigorosa e uma redução do tempo de internamento de cada doente para a média nacional (seis dias), seria possível poupar 1,6 milhões de euros por ano, «garantindo aos utentes um atendimento mais condigno», defende Ana Maria Lopes, uma das autoras da investigação, que está a terminar o internato da especialidade em Medicina Interna.

O estudo - que hoje é apresentado no Congresso Nacional de Medicina Interna - avaliou o tempo de internamento de 3234 doentes que passaram pelo serviço durante dois anos. E conclui que os pacientes - a maioria idosos com várias doenças crónicas e outros problemas - estão internados durante muito mais tempo do que o seu estado de saúde exige, quer devido a falta de alternativas de tratamento, quer pela burocracia e organização interna do Santa Maria. «A maioria dos doentes não precisa de estar num hospital especializado. Precisa de cuidados de enfermagem ou de recuperação, mas não encontra resposta na comunidade», diz Ana Maria Lopes. «O serviço tem uma ocupação de 122 por cento, ou seja, em média, temos cinco pessoas internadas em maca, mas há dias em que são 20».

Perde-se tempo a preencher «papelada».

Para o serviço, «que é a espinha dorsal do hospital», são encaminhados doentes de outros serviços e muitos dos chamados casos sociais que chegam às urgências. Por outro lado, «perde-se muito tempo a pedir e a executar exames e outras técnicas de diagnóstico, a preencher papelada que acaba por prolongar o internamento do doente, além de consumir meios humanos escassos, que poderiam estar a desenvolver actividades mais importantes para o doente», defende.

O estudo concluiu que, mesmo serviços como a Medicina Interna, podem ser rentabilizados. «Analisámos apenas um quarto dos doentes atendidos no serviço em dois anos. E se, em média, cada doente estivesse internado menos três dias, pouparíamos 400 mil euros por ano. Mas a análise pode ser extrapolada a todo o serviço. E, desta forma, as poupanças seriam de 1,6 milhões de euros», conclui.

Joana Ferreira da Costa

Clinicas Veterinárias

A clinica veterinária a utilizar (e não é só porque o Chico é meu amigo...) na zona de Torres Vedras, e não só.

Clínica Veterinária Doutor Francisco Augusto Dias Martins, Lda

Rua Doutor José Bastos, 13
2560-332 Torres Vedras

Tel.: 261.324.184
___________________________________________________________

Pois, na zona de Lisboa está também a do meu amigo Antero.

Antero Almeida Monteiro

Rua Soares Passos 1-Lj A
2790-440 Queijas

Tel.: 214.175.898

25/05/2006

Martinhada do Camões do Rossio.

"Martinhada" do Camões do Rossio (obra bíblica observada) E que é feito da "Torre e Babel ou a porra do Soriano seguida de As Musas", de Guerra Junqueiro? Não lhe pusemos o olho em cima, logo nós que só temos uma edição manuscrita da época (?) do poeta, que corria entre os amigos mais crentes. Não se faz.
Pequeno excerto da "Martinhada", do tal Camões do Rossio, com letrinhas e tudo.

"O Martinho encostou-se na parede
E disse logo:«Menina, eu tenho faro
De que vossa mercê esmola pede
Para uma missa dita a Santo Amaro:
Se é este o seu negócio, ou se tem sede,
Entre cá dentro, venha sem reparo;
Que nesta casa, as moças mais luzidas
Entradas querem porque vêem saídas»

Responde a moça: - «A minha sorte ímpia
Me traz a um negócio, com bem ânsia.» -
«Porém (torna o Martinho) bom seria
Tratarmos outro caso de importância:
Para o corpo um bocado de folia
Lhe requer esta minha caralhância;
Ora ature, meu bem, no seu paxocho
Cinco ou seis cabeçadas de boi mocho» -

Disse; e soltando o membro para baixo,
Só de vê-lo pasmaram as três fêmeas;
Mas o nosso Martinho, feito um macho,
Naquela hora estava posto em gémeas:
Só dizia: - «Abra as pernas, que lho encaixo,
Se não hei-de fazer-lhe a crica em sêmeas;
Receba este canhão no seu postigo,
Que a mato se lho meto pelo umbigo!» -"

[Martinhada. Poema épico-obsceno dedicado ao Rev.mo Padre M. Martinho de Barros, pelo Camões do Rossio (aliás Caetano José da Silva Sotomaior, insigne Corregedor do Crime da Mouraria), &etc - colecção contramargem, Janeiro de 1982]

o Quê ?

isto é ....

Apito Dourado á Italiana...

Porque será que esta situação me recorda o "Apito Dourado" ?
"... O AC Milan, a Juventus, a Fiorentina e a Lázio são os clubes que se encontram sob investigação, por suspeita de ligação a uma rede relacionada com fraude desportiva e que envolve já 41 pessoas, das quais nove árbitros e 11 árbitros auxiliares. A complexidade do processo não permitiu, todavia, esclarecer ainda qual o papel exacto de cada clube no caso..."

Corrupção Economica

Este relatório internacional diz tudo sobre os nossospoderes publicos, nomeadamente a justiça!
"Portugal não fez uma única confiscação no combate ao crime económico em 2005

O Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO), do Conselho da Europa, tornou ontem público o relatório sobre o combate ao crime económico relativo a Portugal. Além da "falta de uma estratégia de combate à corrupção", o relatório resulta num retrato que pode ajudar a compreender as razões para a falta de resultados no combate à corrupção."

21/05/2006

Carrilho e a frustação de não ser presidente da CML

José Pacheco Pereira, no seu blogue Abrupto.

"Mário Crespo na SICN fez a melhor entrevista a Carrilho até agora realizada sobre o seu livro. Com um interlocutor difícil, sem nunca ultrapassar a condição de entrevistador, tendo estudado a matéria e sem preconceitos corporativos, fez perguntas certeiras para as quais não houve resposta cabal. E tirou do livro de José Gil uma interpretação certa, que um filósofo como Carrilho, que também cita Gil a propósito da inveja, perceberá que se lhe aplica. Onde, no seu livro, está "inscrita" a derrota eleitoral de Lisboa?

Cito da entrevista de Gil ao Público, a parte relevante:

P. — É aquilo a que chama "não inscrição". Que significa?

R. — Significa que os acontecimentos não influenciam a nossa vida, é como se não acontecessem. Por exemplo, quando uma pessoa ama, esse sentimento não afectar a outra pessoa, objecto do amor. Quando acabamos de ver um espectáculo, não falarmos sobre ele. Quando muito, dizemos que gostámos ou não gostámos, mais nada. Não tem nenhum efeito nas nossas vidas, não se inscreve nelas, não as transforma. Ainda outro exemplo: o primeiro-ministro, Santana Lopes, classificou a dissolução da Assembleia da República pelo Presidente como "enigmática". Não disse que era incorrecta ou injusta, mas "enigmática", o que é a forma mais eficaz de a transformar em não-acontecimento.

P. — E, não tendo acontecido, ninguém é responsável.

R. — Exactamente. Pode-se continuar como se nada se tivesse passado. Os acontecimentos não se inscrevem em nós, nem nas nossas vidas, nem nós nos inscrevemos na História. Por isso, em Portugal nada acontece."

18/05/2006

História de Portugal - humorada, revisitada e sumarizada

Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.
Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu.
Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei,
bateu também as botas e foi desta para melhor.
Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho
que era dado aos desportos náuticos.
De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render
e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau.
Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas,provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.
Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.
Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro.
Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo,já estava tudo arranjado outra vez,
graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas.
Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.
A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos
Quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço.
O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco
Na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles
E disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos.
Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos.
Comunistas dum camandro !
Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho cravos em cima do assunto.
Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.
E o Cavaco ?
O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo.

Que rico casamento!!!

Cara Esposa, Parceira, Namorada, Amante..

O Campeonato do Mundo vai começar, e com isso há necessidade de estabelecer algumas regras para esse periodo.

1. Entre 9 de Junho e 9 de Julho de 2006 tu deverás ler a secçao de desporto do jornal para ficares informada sobre a Campeonato do Mundo, e assim poderás participar nas conversas. Se tu não fizeres isso serás tratada de uma forma agressiva, ou serás totalmente ignorada. NÃO FIQUES BRAVA se não receberes nenhuma forma de atençao.

2. Durante o Campeonato do Mundo, a televisão é minha e ponto final, todo o tempo e sem nenhuma exceção. Se tu conseguires roubar o controle remoto e o acionar, poderás perder outras coisas além do controle remoto.

3. Eu não me importarei se tu passares em frente da TV durante o jogo, contanto que tu passes rastejando e sem me distrair. Se tu decidires ficar nua em frente da TV, coloca algumas roupas por perto, porque se tu ficares constipada eu não terei tempo para te levar ao médico, muito menos cuidar de ti durante todo o Campeonato do Mundo.

4. Durante os jogos eu ficarei cego, surdo e mudo, a menos que eu precise de reabastecer a minha cerveja ou pegar em algo para comer. Tu estarás ficando louca se esperares que eu escute, abra a porta, atenda o telefone, ou pegar o bebê que acabou de cair no chão.....
Isso não vai acontecer.

5. Será uma boa idéia se tu mantiveres umas 2 caixas de cerveja bem geladas todo o tempo, e também um monte de petiscos para ficar petiscando durante os jogos, e por favor, por favor, não faças nenhuma careta aos meus amigos que estarão vindo para ver os jogos. Como recompensa, tu serás autorizada a ver TV da meia noite as 6 da manhã, a menos que haja um replay de algum jogo que eu perdi durante o dia.

6. Por favor, por favor, por favor!!! Caso me vejas nervoso e puto da vida por que meu clube está a perder, NÃO DIGAS "está tudo bem, é somente um jogo", ou "não te preocupes, ele irá vencer da próxima vez". Se tu disseres alguma destas coisas me deixarás muito zangado e eu vou te amar menos. Lembra-te, tu nunca irás saber mais de futebol do que eu e as tuas "palavras de encorajamento" serão utilizadas no momento do divórcio.

7. És bemvinda para assistir um (hum) jogo ao meu lado e poderás falar comigo durante o intervalo, mas somente durante o intervalo comercial e se o intervalo não estiver interessante. Lembra-te que eu estou dizendo um jogo, então não tentes usar o Campeonato do Mundo como desculpa para passarmos um tempo juntos.

8. Os replays dos golos são muito, muito importantes. Eu não me importo se eu assisti ou não, mas eu quero ver de novo. Muitas vezes.

9. Diz aos teus amigos que NÃO quero bebês ou qualquer tipo de festa de crianças e afins que necessitem a minha atenção porque:
a) Eu não irei,
b) Eu não irei, e
c) Eu não irei. (ponto).

10. Porém, se algum amigo nos convidar para assistir ao jogo no seu telão irei imediatamente, mais rápido que um foguete.

11. O noticiário da Campeonato do Mundo todas as noites é muito mais importante que o jogo em si. Jamais penses em dizer coisas como "mas tu já viste isto antes.. ou porque não mudas de canal para que a gente possa assistir alguma coisa juntos"??? tu já sabes o motivo, ve a regra #2 desta lista.

12. E finalmente, guarde para ti frases como "Graças a Deus que a Campeonato do Mundo é somente a cada 4 anos". Eu sou imune a estas palavras, porque depois dela tem a Taça dos Campeões, Taça UEFA, Campeonato da Europa, Campeonato Intercontinental, etc. etc. etc.

Muito obrigado pela tua cooperação.

16/05/2006

Meatrix

Um número crescente de cidadãos europeus está profundamente preocupado com a agricultura e com a qualidade dos alimentos. A vaca louca e outras doenças provocaram a preocupação do consumidor sobre até onde a indústria poder á ir para reduzir o custo da produção de alimentos. As pessoas já estão conscientes dos prejuízos ambientais resultantes da agricultura industrializada.

A Política de Agricultura Comum (CAP) é, desta maneira, fortemente criticada. Alguns líderes políticos de tendência liberal estão interessados em propor o completo desmantelamento da CAP, a fim de "deixar o mercado conduzir a produção agrícola." Nós acreditamos que a nossa agricultura deveria ser reformada para dar resposta às necessidades das sociedades européias e não para atender as "necessidades" do mercado mundial. Também acreditamos que o dumping em países de terceiro mundo tem que parar. Por todas essas razões, a soberania alimentar deveria ser aplicada na Europa.
Meatrix é um produto do primeiro Fundo de Apoio ao Ativismo promovido pela Free Range. Em fevereiro de 2003, a Free Range - uma empresa de design pioneira - convidou centenas de Organizações Não-Governamentais para se inscreverem para a produção gratuita de um filme em Flash. Depois de revisar cuidadosamente mais de 50 inscrições, o vencedor do patrocínio foi o GRACE (Centro de Ações e Recursos Globais para o Meio Ambiente). O GRACE trabalha para terminar com as práticas destrutivas e perigosas das fazendas de produção industrial e para promover a agricultura sustentável - uma meta que está próxima do coraç ão da Free Range. Uma reforma na indústria da produç ão agrícola representaria ganhos significativos em muitas áreas nas quais a Free Range luta: saúde, segurança alimentar, justiça econômica, direitos dos trabalhadores, integridade ambiental e direitos dos animais.

15/05/2006

Exposiçao da Isaura Oliveira

Exposição de pintura de Isaura Oliveira ! Começa hoje dia 15 de Maio e prolonga-se por uma semana.
Vão lá, durante o dia até ás 19h, (salvo erro, mas confirmem)na Na Junta de Freguesia de S. Sebastião da Pedreira

Rua de S. Sebastião da Pedreira, 158-A
1050 - 209 LISBOA
Telf. 21 357 03 60
Fax. 21 315 65 24
info@jf-sspedreira.pt

11/05/2006

Afinsa acusada de burla, falsificação de documentos e administração desleal

Acho interessante pois eu tive um investimento nos produtos do Forum Filatelico há cerca quinze (15) anos, e retireios no mesmo ano em que investi neste tipo de solução. As nossas autoridades não sabiam nem sabem de nada, não fossem os espanhois a "levantar" o assunto.

"A procuradoria espanhola anti-corrupção acusou hoje a empresa Afinsa e cinco dos seus quadros dirigentes de burla, falsificação de documentos, de vários delitos contra a Fazenda Pública, de insolvência punível e de administração desleal."

10/05/2006

Árbitros permissivos com jogadores violentos

A tese de que o futebol está cada vez mais duro e de que os árbitros são muito permissivos nas sanções às entradas violentas, faltas por trás, o uso dos braços e cotovelos como forma de agressão, começa a ganhar seguidores. Os clubes exigem coragem para se proteger os artistas e a FIFA já mostrou ser sensível ao assunto. Nesse sentido, o organismo que rege o futebol irá instruir os 44 árbitros escolhidos para o Mundial a agir com enorme rigor no momento de avaliar diversas ocorrências durante os jogos, com ênfase para as entradas e lances violentos. A Liga portuguesa não foge à regra do que se passa na maioria dos campeonatos europeus, tendo--se verificado esta época vários lances que ultrapassaram a barreira da virilidade e que não foram devidamente penalizados.

Na recepção do Boavista ao Leiria, o defesa axadrezado Hélder Rosário entrou de forma extremamente violenta sobre Touré, tendo o leiriense sido transportado para o hospital. Cartão? Não viu.

Outro jogador do Boavista, Tiago, não se coibiu de utilizar qualquer forma de parar Simão. A violência foi tal que só por milagre o capitão encarnado não ficou gravemente lesionado. Por este lance o axadrezado foi sancionado com o amarelo.

No Sporting-FC Porto, Quaresma teve uma entrada fora de tempo a Tonel. Ao extremo portista foi-lhe perdoada a expulsão.

O médio do Benfica Petit também escapou ao cartão no encontro com o Guimarães, na Luz, após uma falta dura - entrada por trás - sobre Targino. Porém, acabou por ser submetido a um processo sumaríssimo, cumprindo um jogo de castigo.

Estes foram alguns dos casos que marcaram a temporada. No entanto, apesar das preocupações com os lances mais agressivos, não é correcto pensar-se que o futebol praticado actualmente tem níveis de violência mais elevados do que há umas décadas. Pelo menos é assim que pensam alguns profissionais da modalidade contactados pelo DN.

"O futebol sempre foi desporto agressivo, viril. Faz parte da sua natureza. O que não quer dizer forçosamente violento", defende o técnico Agostinho Oliveira, treinador da selecção de sub-21. O desporto-rei mudou muito e em várias vertentes.

"Comparar o futebol de hoje com o praticado há 20 ou mais anos é um exercício difícil", comenta o seleccionador, explicando depois as razões: "A agressividade que hoje existe no futebol advém em grande parte da melhor preparação física dos jogadores, da maior velocidade com que é praticado, do aumento da pressão sobre o jogador que tem a posse de bola."

"O profissionalismo é mais elevado. A pressão que existe, tanto a nível psicológico como a nível táctico, explica, em parte, o maior contacto físico e por inerência a existência de um conjunto de lesões graves", acrescenta Rodolfo Moura, fisioterapeuta do Benfica. Mas estas podem ser apenas algumas das razões para explicar o passar da fronteira entre agressividade e violência. "Não poderemos ignorar que o calçado desportivo, os vários tipos de relva, a própria bola ajudam a aumentar o desempenho e por consequência o contacto físico", afirma.

Para Carlos Mozer, o futebol "paga" pelo espectáculo em que está transformado. "O mediatismo é hoje muito maior. É tudo analisado ao pormenor. No meu tempo havia quatro câmaras de televisão ... actualmente existem 20, todos os ângulos são apanhados, todos os detalhes são explorados", diz o antigo defesa do Benfica, que sempre foi visto como um central duro e que não hesita em afirmar que no seu tempo "havia jogadores mais maldosos.

07/05/2006

06/05/2006

Dia de Mudar

O passado é carregado de experiências,
é um guia de viagem, é o nosso manual de vida,
Onde aponta os caminhos que não devemos tomar,
E rumos que podemos pelo menos tentar novamente.

O dia de hoje é o palco das novas experiências.
Que começa com a visão que você tem de si mesmo,
Do que deseja e espera alcançar.
Por isso, muitos verão este dia passar mais uma vez,
Sem nenhuma novidade, exatamente igual ao dia anterior,
Se não for ainda pior, tomado pelo desespero e aflição.

O futuro só existe como reflexo da soma entre os tempos:
O que você fez no passado, serve como escada,
E o dia de hoje te leva até o lugar que deseja alcançar.

Então, aproveita o dia que nasce e zera a tua dívida,
começa de novo, não se impaciente e nem se condene tanto.
O sol traz liberdade, a chuva renovação,
E Deus, a eterna certeza de que não estamos sozinhos,
Que não precisamos seguir com medo,
Podemos ter a certeza da vitória,
Pois Ele próprio é a direção pedida,
A verdade, o caminho e a eterna Vida.

Siga em paz...

Eu acredito em você.

Paulo Roberto Gaefke

04/05/2006

Te amo

Te amo
Te amo de una manera inexpicable.
De una forma inconfesable.
De um modo contradictório.
Te amo
Co mis estados de animo que son muchos,
y cambian de humor continuamente.
Por lo que ya sabes,
El tiempo.
La vida.
La muerte.
Te amo
con el mundo que no entiendo.
Con la gente que no comprende.
Con la ambivalencia de mi alma.
Con la incoherencia de mis actos,
Con la fatalidad del destino.
Con la conspiracion del deseo.
Con la ambiguedad de los hechos.
Aun cuando te digo que no te amo,te amo.
Hasta cuando te engaño,no te engaño.
En el fondo,llevo a cabo un plan,
para amarte ...mejor.
Te amo.
Sin reflexionar,
inconscientemente,
irresponsablemente,
espontaneamente,
involuntariamente,
por instinto,
por impulso,
irracionalmente.
En efecto no tengo
argumentos logicos,
ni siquiera improvisados
para fundamentar este amor
que siento por ti,
que surgio misteriosamente
de la nada,que no ha resuelto
magicamente nada,
y que milagrosamente,
de a poco,con poco y nada
ha mejorado lo peor de mi.
Te amo,
Te amo con un cuerpo que
no piensa,
con un corazon que
no razona,
con una cabeza que
no coordina.
Te amo
incomprensiblemente.
Sin preguntarme,por que te amo.
Sin importame,
sin cuestionarme porque te amo.
Te amo sencillamente
porque te amo.
Yo mismo no se
porque te amo.

Gian Franco Pagliario

03/05/2006

Isto

Fernando Pessoa


Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não estou ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

ISTO É FADO

Intérprete criadora: Amália
(Cantado ao vivo no Olympia, Paris)

Se queres ser o meu senhor
e teres-me sempre a teu lado
não me fales só de amor
fala-me também do fado.
Que o fado que é meu castigo
só nasceu p'ra me perder
o fado é tudo o que eu digo
mais o que eu não sei dizer

Almas vencidas
noites perdidas
sombras bizarras
na Mouraria
canta um rufia
choram guitarras
amor ciúme
cinzas e lume
dor e pecado
tudo isto existe
tudo isto é triste
tudo isto é fado.

Letra: Aníbal Nazaré-Fernandes
Música: Fernando Carvalho

Te Amar Assim

Anna Paes

Deixa eu te amar assim:
Em segredo...
Calada...
Olhando em seus olhos...
Sentindo seu cheiro.
Tocando su'alma...
Deixando que a sua toque a minha.
Molhando meus lábios nos seus...
Amar assim, sem receio...
Sem preconceito...
Com ternura...
Loucura e
Paixão.

Amar sem dó ...
Sem medo de sofrer...
Sem pensar no amanhã.
Amar assim,
Do jeitinho que só nós dois sabemos
Cheio de manhas e
Artimanhas....
Fazendo de você meu Eu...

Bryan Adams - Have you Ever Really Loved a Woman

To really love a woman, to understand her
Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la



You gotta know her deep inside
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro



Hear every thought... See every dream
Ouvir cada pensamento... Ver cada sonho



N' give her wings... When she wants to fly
E dar-lhe asas... Quando ela quiser voar



Then when you find yourself lyin' helpless in her arms
Então, quando você se achar repousando em seus braços



Ya know ya really love a woman
Você saberá que realmente ama uma mulher


When you love a woman

Quando você ama uma mulher



You tell her that she's really wanted
Você lhe diz que ela realmente é desejada



When you love a woman you tell her

that she's the one
Quando você ama uma mulher,

você lhe diz que ela é a única



She needs somebody to tell her

that it's gonna last forever
Ela precisa de alguém para dizer-lhe

que vai durar para sempre



So tell me have you ever really really really

Então diga-me: você realmente, realmente, realmente



Ever loved a woman?

Já amou uma mulher?



To really love a woman let her hold you
Para realmente amar uma mulher, deixe-a segurar você



Til ya know how she needs to be touched
Até que você saiba como ela precisa ser tocada



You've gotta breathe her... really taste her
Você precisa respirá-la... realmente provar o gosto dela



Til you can feel her in your blood
Até que você possa sentí-la em seu sangue


N' when you can see your unborn children in her eyes
E quando você puder ver suas crianças

nascerem dentro dos olhos dela



You know you really love a woman
Você saberá que realmente ama uma mulher



When you love a woman

You tell her that she's really wanted
Quando você ama uma mulher,

você lhe diz que ela realmente é desejada



When you love a woman

You tell her that she's the one
Quando você ama uma mulher

Você lhe diz que ela é a única





She needs somebody To tell her

that you'll always be together
Ela precisa de alguém para dizer-lhe

que estarão sempre juntos



So tell me have you ever really really really

ever loved a woman?
Então diga-me: você realmente, realmente, realmente

já amou uma mulher?





You got to give her some faith, hold her tight
Você precisa dar-lhe um pouco de confiança,

segurá-la bem apertado

A little tenderness, gotta treat her right
Um pouco de ternura, precisa tratá-la corretamente

She will be there for you, takin' good care of you
Ela estará lá por você, cuidando bem de você

Ya really gotta love your woman
Você realmente precisa amar sua mulher

And when you find yourself lying helpless in her arms
Então, quando você se achar repousando em seus braços

You know you really love a woman
Você saberá que realmente ama uma mulher

When you love a woman

you tell her that she's really wanted
Quando você ama uma mulher

você lhe diz que ela realmente é desejada



When you love a woman

you tell her that she's the one
Quando você ama uma mulher

você lhe diz que ela é a única



She needs somebody to tell her

that it's gonna last forever
Ela precisa de alguém para dizer-lhe

que vai durar para sempre



So tell me have you ever really really really

ever loved a woman?
Então diga-me: você realmente, realmente, realmente

já amou uma

cartão

[silver].
[red]*[orange]•[maroon].¸[yellow]•[blue]¸.[green]•[orange]**[orange]•[maroon].¸[yellow]•[blue]¸.[green]•[orange]**[orange]•[maroon].¸[yellow]•[blue]¸.[green]•[orange]**[orange]•[maroon].¸[yellow]•[blue]¸.[green]•[red]*

[silver]..............[/silver]Muito interessante!!!...
[silver].............[/silver] [link=http://www.plinn.com.br/interessantes/crenca/dohomem.htm]A CRENÇA DO HOMEM![/link]
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[silver]........[link=http://www.plinn.com.br]•«?»• Plinn Net Work •«?»•[/link]
[silver].

02/05/2006

Mudanças

"E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças."

Luis Fernando Veríssimo

Necessidades sexuais

Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes. Nunca tinha entendido isso de "Marte e Vênus".
E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.

Uma noite, semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama.
Bom, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior "T" e, nesse momento, ela parou e me disse:
- Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...
Eu falei:
- O QUEEE???
Ela falou:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher.
Comecei a pensar no que podia ter falhado. No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.
No dia seguinte, fomos ao shopping. Entramos em uma grande loja de departamentos... Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos. Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os três. Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem, a R$ 300,00 cada par. Respondi que tudo bem. Depois fomos seção de joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes.
Estava tão emocionada!! Deveria estar pensando que fiquei louco. Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga. Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim. Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso. Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz! Quando ela falou:
- Vamos passar no caixa para pagar, amor?
Daí eu disse:
- Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem... só quero que você me abrace.
Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem.

Vinguei-me, mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2010.

Luiz Fernando Veríssimo

01/05/2006

a Mulher

A mulher amada carrega o cetro, o seu fastígio
É máximo. A mulher amada é aquela que aponta para a noite
E de cujo seio surge a aurora. A mulher amada
É quem traça a curva do horizonte e dá linha ao movimento dos
astros.
Não há solidão sem que sobrevenha a mulher amada
Em seu acúmen. A mulher amada é o padrão índigo da cúpula
E o elemento verde antagônico. A mulher amada
É o tempo passado no tempo presente no tempo futuro
No sem tempo. A mulher amada é o navio submerso
É o tempo submerso, é a montanha imersa em líquen.
É o mar, é o mar, é o mar a mulher amada
E sua ausência. Longe, no fundo plácido da noite
Outra coisa não é senão o seio da mulher amada
Que ilumina a cegueira dos homens. Alta, tranqüila e trágica
É essa que eu chamo pelo nome de mulher amada.
Nascitura. Nascitura da mulher amada
É a mulher amada. A mulher amada é a mulher amada é a mulher
amada
É a mulher amada. Quem é que semeia o vento? – a mulher amada!
Quem colhe a tempestade? – a mulher amada!
Quem determina os meridianos? – a mulher amada!
Quem a misteriosa portadora de si mesma? A mulher amada.
Talvegue, estrela, petardo
Nada a não ser a mulher amada necessariamente amada
Quando! E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!

Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro, 1950

A lenda

Abel e Caim encontraram-se depois da morte de Abel. Caminhavam pelo deserto e reconheceram-se de longe, porque eram ambos muito altos. Os irmãos sentaram-se na terra, fizeram uma fogueira e comeram. Guardavam silêncio, à maneira de pessoas cansadas quando declina o dia. No céu aparecia uma ou outra estrela, que ainda não recebera nome. À luz das chamas, Caim reparou na marca da pedra na testa de Abel e deixou caír o pão que ía levar à boca e pediu que lhe fosse perdoado o seu crime.
Abel respondeu:
— Tu mataste-me ou fui eu que te matei? Já não me lembro; aqui estamos juntos como dantes.
— Agora sei que na verdade me perdoaste — disse Caim —, porque esquecer é perdoar. Eu tratarei também de esquecer.
Abel disse devagar:
— É verdade. Enquanto dura o remorso dura a culpa.

J. L. Borges in Elogio da Sombra, 1969.

O Fazedor

Regem no seu recanto os jogadores
As lentas peças. Esse tabuleiro
Demora-os toda a noite no severo
Âmbito em que se odeiam duas cores.

Dentro irradiam mágicos rigores
As formas: torre homérica, ligeiro
Cavalo, sagaz dama, rei postreiro,
Bispo oblíquo e peões agressores.

E quando os jogadores tiverem ido,
Depois do tempo os ter já consumido,
Decerto não terá cessado o rito.

No Oriente incendiou-se esta guerra
Cujo anfiteatro é hoje toda a terra.
Como o outro, este jogo é infinito.

J. L. Borges in O Fazedor, 1960.

Tanto Mar

Chico Buarque

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

ir a este site: http://cc25a.utopia.com.br/som/GrandolaVilaMorena_ZecaAfonso.mp3

Adiamento

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de Domingo divertia-se toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de Domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é o que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanha serei finalmente o que hoje não posso nunca
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã..
O porvir...
Sim, o porvir..

Fernando Pessoa

Fidel e o garoto

Em Havana, Cuba, vai um garoto pela estrada, cruza-se com Fidel Castro.
Este, ao ver que o garoto o ignora, pergunta-lhe:
- Oye niño, sabes tú quién soy yo?
- No señor, no se quién es usted, ni me interesa.
Fidel muito chateado diz-lhe:
- Como castigo por no conocer al comandante Castro, ahora mismo tienes que decirme 20 palabras que comiencen con la etra "C" para que nunca más en tu vida se te olvide que mi apellido es Castro con la letra "C".
E o garoto diz:
- Compañero Comandante Castro, cómo y cuando, carajo, comeremos carne con cerveza Corona como comen los camaradas comilones del Comité Central Comunista Cubano...?
Fidel ficou de boca aberta, e após um momento disse:
- Falta una!
E o miudo concluiu:
- Cabrón! (trad.: paneleiro)

O ''MENSALÃO'' DE TODOS NÓS

Para ler e refletir...A mudança de um país começa pelo comportamento e atitudes de seu povo!

por Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo

Numa tarde de sexta-feira, recebi um telefonema de um amigo me convidando para ir a um churrasco na sua casa. Acontece que naquela noite eu tinha que dar aula na faculdade.
O problema é que eu queria ir ao churrasco e, como solucionar o problema de uma forma que eu ganhasse nas duas frentes era o que eu tinha que fazer. Mas, como? Bem, eu agi como, geralmente, todos nós agimos: fiz de conta que estava cumprindo com a minha obrigação quando, na verdade, fui de encontro à satisfação do meu prazer.
O churrasco iria começar às oito horas da noite e a aula às sete e meia. Ora, fui para a faculdade, registrei a aula, fiz a chamada e inventei uma aula de leitura na biblioteca abandonando a turma. Depois, fui à outra turma (a que iria assistir aula depois do intervalo) e fiz a mesma coisa. Depois disso, saí para o churrasco querendo acreditar que havia cumprido religiosamente com o meu dever de professor.
No churrasco, fiquei numa mesa com o dono da casa, que é médico, o amigo que estava sendo homenageado, que é policial, um amigo do homenageado que é advogado e político e a sua esposa que é universitária e estuda no período da noite.
Entre muita cerveja e pouca carne o assunto era um só: a roubalheira dos nossos políticos e a passividade da sociedade (todos nós) mediante a podridão do episódio do mensalão. Todos nós estávamos revoltados e propondo soluções para o melhor funcionamento da máquina pública e para o resgate da ética entre a classe política.
Num dado momento, o telefone do dono da casa tocou e ele se afastou um pouco para atender. Cerca de um minuto depois ele retornou à mesa e, com raiva, falou que "não dava para trabalhar com certas pessoas". O telefonema que ele havia recebido era do hospital. Naquela noite ele estava de plantão,
mas ele já havia passado no trabalho. Chegou cedo no hospital, visitou alguns pacientes e leu "por cima", os prontuários dos outros.
Depois de uma hora foi para casa e deixou a seguinte recomendação:"só me liguem em caso de extrema emergência ou se aparecer pacientes particulares". Sendo assim, era um absurdo a enfermeira lhe telefonar só porque chegara um senhor de sessenta e quatro anos de idade com suspeita de infarto.
Ele "receitou" alguns medicamentos pelo telefone e disse que a enfermeira podia retornar a ligação (se ela tivesse coragem para isso), caso acontecesse alguma coisa.
Na tentativa de aliviar o clima, perguntei ao amigo que estava recebendo a homenagem se ele já havia feito a sua mudança. Ele respondeu que sim e, satisfeitíssimo, contou que a mesma não tinha lhe custado nada. Segundo ele, o dono de uma transportadora lhe havia retribuído "um favor", já que ele, meses antes, tinha "resolvido" uns probleminhas de multas nos seus carros que poderiam lhe custar a habilitação e, até mesmo, a sua empresa!
De repente, a esposa do político liga para uma colega que estava assistindo aula para saber se tinha dado certo "aquele plano". Ou seja, o plano da colega responder a chamada por ela enquanto ela estava no churrasco, pois ela já estava "pendurada nas faltas" na disciplina em questão e não poderia, "por nada", ser reprovada. E, toda feliz, sorriu com a assertiva da colega. O plano havia dado certo.
Em um outro momento, o anfitrião pergunta ao político como iria ficar o caso de uma determinada pessoa. E ele respondeu que tudo estava indo bem. O único problema era que na secretaria almejada já havia alguém concursado ocupando cargo que tal pessoa pleiteava, mas que ele não se preocupasse, pois estavam estudando uma medida legal (?) para transferir o "dito cujo" de função ou de setor para a vaga "do fulano" ser ocupada por ele. "Ele é um que não pode ficar de fora, pois foi comprometido com a gente até o fim", finalizou.
Em meio a tudo isso, não deixávamos de falar das CPI's, da corrupção dos políticos e da cumplicidade da sociedade que, apática, não movia uma palha para mudar nada.
Chegando em casa, fui pensar naquela noite e em tudo o que havia presenciado.
De repente, me dei conta que o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro está certo quando diz que "nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade e que esse negócio de dizer que as elites são corruptas mas que o povo é honesto é conversa fiada.
Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral, ou pelo menos um comportamento pouco recomendável".O melhor era que eu não precisava pesquisar em nenhuma fonte bibliográfica para concordar com o escritor.
A sua afirmação estava magistralmente retratada no meu comportamento e no comportamento dos meus amigos naquela noite e naquele churrasco que eu havia freqüentado.
Para começar, eu roubei o povo ao fazer de conta que estava dando aula quando na verdade não estava. Da mesma forma, como professor, eu estou surrupiando (roubando) a sociedade quando adoto como metodologia de ensino os tão conhecidos seminários apenas para não dar aulas com a mentira disfarçada de desculpa bem intencionada de que os alunos precisam treinar a arte de expressar bem as suas idéias.
Isso pelo fato dessa afirmação não ser verdade, mas parte de uma verdade maior. É lógico que os alunos precisam treinar a arte de bem expressar as suas idéias, mas depois de serem ensinados e conduzidos pelo professor que, por sinal, é pago para fazer isso.
A verdade inteira é que, quase sempre por motivos pessoais, o professor acaba transformando o que seria uma, de várias técnicas de ensino, em sua prática regular de ensino e o resultado é uma enorme massa de estudantes "transfigurados", da noite para o dia, em professores dos professores que deviam ensinar, mas não ensinam.
E o que dizer do anfitrião da festa?
Do médico que estava "tirando plantão" e que, portanto, estava ganhando o seu salário e reclamou por ser incomodado, apenas porque um senhor de idade estava com suspeita de infarto?
Somos tão imersos na nossa convicção de que somos bons, quando na verdade não somos, que o médico chegou a dizer que, se ao menos o ancião tivesse sido diagnosticado por um profissional, então ele se sentiria na obrigação de ir atendê-lo. Ele só esqueceu de um detalhe: se o plantonista do hospital que, por sinal era ele, estivesse cumprindo o seu plantão, o senhor de sessenta e quatro anos de idade, casado, pai de seis filhos, aposentado e que trabalhava desde os doze anos de idade e contribuía com a previdência há trinta, talvez tivesse sido atendido por um profissional e não tivesse sofrido um derrame cerebral.
É interessante vermos, também, o caso da universitária, a defensora dos valores morais. E, aqui eu pergunto: quais valores seriam esses? O valor que nós damos ao "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?"
O valor que depositamos nos nossos desejos pessoais e nas nossas vontades de uma maneira tão absoluta e absurda que, simplesmente, esquecemos que não vivemos sozinhos "nesse mundão de meu Deus?"
O valor que damos ao famoso jeitinho brasileiro que, não custa lembrar, só virou instituição nacional porque nós lhe damos vida com as nossas atitudes? Sim, porque se formos honestos e verdadeiros com nós mesmos, somos obrigados a admitir que, no geral, esses são os nossos valores porque é assim que nós somos e é assim que nós fazemos, com raríssimas exceções. Os valores que almejamos como ideais, infelizmente, só existem no mundo das nossas idéias e/ou como metas a serem atingidas pelos outros e não por nós.
No caso do policial, ele me mostrou uma coisa bastante óbvia: que é fácil fazer favores com o esforço que não é nosso para sermos merecedores de créditos que também não nos pertencem, para depois declararmos que o nosso país é o país da impunidade, pois os outros, e não nós, são larápios da coisa pública. Por isso que ele resolveu alguns problemas de um amigo onerando o erário, para ser recompensado depois.
Ou seja, roubou o coletivo para ser beneficiado no particular. A mesma coisa se aplica ao político que, lembrando mais uma vez, é também advogado, defensor da lei e da justiça. Pode? Vergonhosamente, pode sim.
E, a prova de que isso é verdade está na própria justiça que fazemos. Uma justiça que liberta uma jovem que confessa o planejamento e o assassinato dos pais baseado em um argumento que ninguém sabe qual é e que, por mais legal que possa ser, é imoral e totalmente fora do bom senso; uma justiça que prende as pessoas que filmaram e denunciaram um esquema de corrupção nos correios enquanto deixa em liberdade o corrupto que foi filmado recebendo propina; uma justiça que manda para as cadeias apenas os pobres e os negros; uma justiça que sempre solta os ricos que são presos (quando são) e que é extremamente distante do povo que a mantém; uma justiça, enfim, injusta e, porque não dizer, muitas vezes criminosa.
Acredito que mais uma vez o Brasil passa por uma oportunidade de ouro para rever-se como país e sair crescido e melhorado de toda essa crise.

O grande problema está nas pessoas.

Em mim, em você, nos nossos familiares, colegas, amigos e inimigos, parentes e aderentes. Isso, porque, se quisermos realmente uma nação melhor temos que assumir que nós também somos recebedores do mensalão e que, portanto, cada um de nós também é merecedor de sentar nas cadeiras da CPI.
Recebemos o mensalão quando sonegamos imposto, quando matamos aula e inventamos uma justificativa para não levarmos falta, quando faltamos ao trabalho e fazemos de conta que não faltamos (como eu fiz) ganhando o que é indevido, quando copiamos ou compramos CD's piratas, quando pagamos propinas ao guarda de trânsito para ele não nos aplicar uma multa que ele deveria aplicar, enfim, todos nós, cada um a seu modo e com o seu preço, também é culpado, pessoalmente, por tudo isso que está acontecendo no nosso país.

Finalizando, é bom não esquecermos que os nossos políticos não vieram de marte; não vieram de uma outra galáxia ou do céu, mas do nosso meio, um meio que é corrompido por nós, pois somos, também, corruptos e corruptores.
É bom não esquecermos, de igual modo, que esse é o real motivo para a sociedade (nós) assistir apática a toda essa decadência, pois no fundo, não é apatia, mas cumplicidade.
Nenhum de nós toma uma atitude de mudança porque acreditamos (ou temos a certeza) que se um dia estivermos no lugar dos políticos, faremos a mesma coisa que eles fazem, aumentando o nosso mensalão.

Como disse Freud, "seríamos bem melhores se não quiséssemos ser tão bons", e ele estava certo. Bom seria se tivéssemos a honradez de olhar para essa verdade constantemente.
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Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo
Psicólogo Clínico, Psicopedagogo e Professor Universitário de Psicologia e Sociologia.

Agir contra as taxas de Multibanco k vêm aí

"Petição contra as movimentações da Banca Portuguesa no sentido de passarem a cobrar "comissões" sobre cada levantamento realizado no Multibanco (para saber mais cliquem no link abaixo).


Assinem e em LETRAS BEM GORDAS e reencaminhem para o maior número de pessoas, está na altura de começarmos também a pôr cobro a toda esta m... que se enche à nossa custa neste país. »

Assina a petição contra as taxas de Multibanco e passa a informação para os teus contactos:



http://www.PetitionOnline.com/bancatms/

É um assunto que interessa a quase todos nós.

Assina também!