01/05/2005

Cinco equipas portuguesas na UEFA

O novo modelo da competição dá mais receitas aos clubes. Benfica, Sporting, Braga, Marítimo e Nacional são os representantes nacionais na presente edição da Taça UEFA. O novo molde, que surgiu após uma consulta da UEFA aos principais clubes europeus, permite aos participantes um encaixe financeiro atractivo, com verbas aproximadas (ainda que ligeiramente inferiores) às registadas na Liga dos Campeões. O formato inovador, que terá dois anos de fase experimental, foi aprovado na reunião do Comité Executivo da UEFA no dia 22 de Março de 2004, em Dublin e apresenta como principal novidade a introdução de uma fase de grupos, a qual vai intermediar o habitual sistema de eliminatórias. Esta alteração surge no sentido de serem alcançados melhores índices de competitividade e de aumentar as receitas obtidas pelos clubes participantes. Relativamente às alterações introduzidas o presidente da UEFA, Lennart Johansson, afirmou: «actuámos no sentido de refrescar e desenvolver a competição para o futuro».Deste modo, a segunda mais importante competição de clubes a nível europeu será organizada da seguinte forma: duas rondas de qualificação e uma ronda eliminatória – com duas equipas portuguesas, Benfica e Sporting, com estatuto de cabeças-de-série – abrem a Taça UEFA, apurando-se 40 equipas que vão disputar entre si a fase de grupos (cinco grupos de oito equipas), realizando dois jogos em casa e dois jogos fora, sendo que um dos emblemas fica isento em cada jornada, jogando apenas uma vez contra todos os adversários alternadamente no seu reduto e fora de portas.Os primeiros três classificados de cada grupo passam à fase seguinte, num total de 24 clubes, aos quais se juntam mais oito equipas que transitam da Liga dos Campeões, regressando a competição ao seu formato original, com mais quatro eliminatórias a duas mãos que decidirão os dois clubes que irão realizar a final num só jogo, no dia 18 de Maio de 2005 e que terá como palco o estádio Alvalade XXI, em Lisboa.O Diário Económico procurou apurar junto do assessor de imprensa da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Felipe Félix, os montantes envolvidos no novo formato da competição, mas a FPF «ainda não foi informada oficialmente das verbas que dizem respeito à Taça UEFA».Ao contrário da liga milionária, cada clube pode negociar com os patrocinadores os contratos publicitários, bem como os direitos televisivos. Assim sendo, resta desejar boa sorte aos emblemas nacionais, cujos cofres vão sair seguramente reforçados se alcançarem a qualificação para a fase de grupos, a qual permitirá um reforço nas receitas de bilheteira, bem como uma maior projecção dos mesmos a nível internacional.

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