01/06/2006

Plano Nacional de Leitura

Para quem como eu que não gosta do estilo delivros dele, finalmente reconheço-lhe uma tirada inteligente.

"Cultura
2006-06-01 - 08:42:00

José Saramago
Durante um debate realizado ontem na Biblioteca Municipal de Oeiras, o prémio Nobel da Literatura José Saramago questionou a utilidade de o Estado dar "estímulos" à leitura, defendendo que o voluntarismo é inútil e que a leitura “sempre foi e será coisa de uma minoria”. O escritor confessou, assim, não acreditar na utilidade do Plano Nacional de Leitura que o Governo vai apresentar esta quinta-feira.
“Não vamos exigir a todo o mundo a paixão pela leitura", alegou o escritor, confessando que aceitou o convite para pertencer à comissão de honra do plano como "uma fatalidade, como as bexigas”, decorrente do seu estatuto de Prémio Nobel, e que não sabe o que vai ser a iniciativa proposta pelo Governo.

Para José Saramago, o estímulo à leitura é “uma coisa estranha”. O escritor defendeu mesmo que não deveria ter que haver outro estímulo para além da necessidade de um instrumento que permita conhecer. "Há dinheiro para gastar", comentou o escritor, que vai ficar à espera para ver os resultados que o plano vai ter. "

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