14/03/2006

França e Espanha defendem-se de acusações

A França e a Espanha defenderam-se, a uma só voz, das acusações de proteccionismo do mercado energético. Ambos os governos estão sob pressão por se terem oposto a negócios importantes neste sector, que envolviam a compra de empresas por parte de grupos estrangeiros.
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, visitou o chefe do governo espanhol, José Luís Zapatero, no palácio da Moncloa, em Madrid, para discutir a política energética dos dois países.
As críticas ao alegado proteccionismo de ambos os países vêem, nomeadamente, de Bruxelas, com a Comissão Europeia a querer tudo em pratos limpos quanto aos negócios que se anunciam.
Disse Zapatero, "uma política energética europeia tem de ser feita com grandes acordos, como todas as grandes políticas da Europa. Não pode ser feita em função desta ou daquela conjuntura".
No caso de França, o governo apoia a fusão entre a GDF e a Suez, para impedir a compra desta última pela italiana Enel.
No caso de Espanha, o governo está contra a OPA que a alemã E.ON lançou à Endesa e prefere que a companhia energética seja comprada por outro grupo espanhol, Gás Natural, apesar desta oferta ser menor que a dos alemães.

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