23/09/2006

Portugal e o investimento chinês

O nosso Ministro Mário Lino "... quer captar mais investimento chinês, disse hoje em Macau o ministro português das Obras Públicas que lidera a delegação nacional ao Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Em declarações aos jornalistas no final de um encontro que manteve com o chefe do Executivo de Macau, Edmund Ho, o ministro Mário Lino defendeu que o «investimento chinês em Portugal é reduzido» e só há pouco tempo a China começou a investir no exterior.
Por isso, e porque «Portugal tem oportunidades em áreas como o turismo e as infra-estruturas» onde a China tem experiência pelas construções que faz no seu território, Portugal quer captar mais investimento da República Popular para o seu território.
«Há razões e empenho dos dois países para que assim seja», sublinhou.
Apesar de apenas ter identificado o turismo e as infra-estruturas, Mário Lino disse «existirem também opções noutras áreas».
Tanto na reunião com Edmund Ho como no encontro com Bo Xilai, ministro chinês do Comércio, Mário Lino passou em revista as relações entre Portugal e a China, que têm vindo a ser reforçadas nos últimos anos.
«Foram encontros que serviram para troca de impressões sobre a evolução das relações políticas, económicas e culturais entre Portugal e a China», disse.
Mário Lino considerou Macau como o «pilar das relações entre Portugal e a China» porque é no território que «estão consubstanciados os laços e a presença portuguesa que tem sido mantida» depois da transição de poderes em 1999.
Para o governante português o Fórum «é um exemplo» do papel que a actual região Administrativa Especial chinesa pode desempenhar.
«Esta minha visita serve também para reconhecer o mérito do que tem sido feito em Macau e trago a expectativa de que o futuro será promissor», afirmou.
Sobre a participação portuguesa no Fórum, Mário Lino considerou que é um momento de «reforço das relações» não só entre Portugal e a China como da China para os restantes participantes e destacou que a república Popular «reconhece o papel de Portugal» na ligação ao mundo lusófono.
Portugal quer reforçar as trocas comerciais com a China cujo saldo apurado em 2005 foi de cerca de mil milhões de dólares com défice para a parte portuguesa de cerca de 300 milhões de dólares.
Só no primeiro semestre de 2006, e de acordo com dados revelados pelo secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, as exportações portuguesas para a China aumentaram cerca de 30% face ao período homólogo anterior."

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