02/01/2006

PROCESSO 'APITO DOURADO' TEM CRIMES DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

O processo ‘Apito Dourado’, para além de casos de corrupção desportiva envolvendo árbitros, dirigentes de clubes e de dois organismos de futebol, a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol, tem situações de tráfico de influência, pelas quais são indiciados Valentim Loureiro, Pinto da Costa, Sousa Cintra e ainda o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, único que esteve preso preventivamente.O tráfico de influência, um crime recente, teria apanhado desprevenido, no caso ‘Apito Dourado’, Valentim Loureiro que, desde a primeira hora, jura a pés juntos não ter até então conhecimento do tráfico de influência e muito menos consciência de ter cometido quaisquer tipo de crimes relacionados com futebol, política ou com autarquia, ele que é presidente da Câmara de Gondomar, que teve buscas no ‘Apito Dourado’, dia 20 de Abril de 2004.Mas o Ministério Público vai deduzir, dentro dos próximo dias, a acusação, no caso ‘Apito Dourado’, que é caracterizado pela chamada criminalidade de ‘colarinho branco’, crimes económicos, ou contra a economia, em que, entre outras alegadas ilicitudes, se incluem eventuais crimes de corrupção desportiva, falsificação de documentos, peculato e de tráfico de influência.O alegado cruzamento de casos de tráfico de influência entre empreiteiros da construção civil, futebol, política e autarquia, é afinal o ‘Apito Dourado’.No âmbito do ‘Apito Dourado’, cujas acções públicas começaram em 20 de Abril de 2004, já foram ouvidas centenas de pessoas e constituídos dezenas de arguidos, entre os quais Valentim Loureiro, presidente da Liga, da Câmara de Gondomar e da Metro do Porto; Pinto de Sousa, ex-presidente do CA da FPF; Pinto da Costa, presidente do FC Porto; João Loureiro, presidente do Boavista ou Isabel Damasceno, presidente da CM Leiria.

Sem comentários: