05/02/2008

Fase de ruptura do sistema financeiro mundial em 2008 .

em 15 de Dezembro de 2007, foi escrito este artigo.
 

O agravamento rápido das consequências da crise sistémica global à medida que se desenrola sua fase de impacto [1] leva doravante os investigadores do LEAP/E2020 a considerar que o sistema financeiro mundial contemporâneo entrará na sua fase de ruptura no decorrer do ano de 2008.
Os indicadores de acompanhamento da crise mostram que a partir de agora já não são apenas as falências de alguns grandes estabelecimentos financeiro (e numerosos mais pequenos), primeiro nos Estados Unidos e depois no resto do mundo, que são de temer nos próximos meses (cf. GEAB Nº 19 ), mas que é o próprio sistema financeiro mundial que fica estruturalmente atingido.
A repetida incapacidade da rede de bancos centrais mundial em dominar a penúria de crédito ("credit crunch") com o pano de fundo do afundamento dos dois pilares históricos do sistema financeiro mundial contemporâneo (a economia americana que entrou em recessão e o US dólar em decomposição), reflecte a emergência acelerada de forças centrífugas no seio deste mesmo sistema.
Com efeito, já não se trata somente da competência dos banqueiros centrais ou da amplitude das acções de correcção postas em execução. Esta época está ultrapassada desde o fim do Verão de 2007. Segundo LEAP/E2020, assiste-se a partir de agora a uma divergência crescente de interesses económicos entre os diferentes componentes do sistema financeiro global.
O fracasso programado da última tentativa iniciada pelo Federal Reserve dos EUA, visando coordenar uma acção conjunta dos principais bancos centrais para alimentar os bancos em dólares americanos [2] , é quanto a isto totalmente revelador. Esta acção visa essencialmente restaurar a confiança no sistema de duas maneiras:
restabelecendo nomeadamente o mercado interbancário hoje moribundo, demonstrando através do exemplo a existência de uma "força de choque comum" dos bancos centrais mundiais;
permitindo aos grandes estabelecimentos financeiros em perigo virem reabastecer-se anonimamente de dólares americanos, em troca de activos valorizados ao preço do mercado de vários meses atrás (ou seja, quando eles ainda valiam alguma coisa) [3] ..

[*] Global Europe Anticipation Bulletin. Comunicado público Nº 20, de 15/Dezembro/2007.
O original encontra-se em
GEAB Nº 20

O resto do artigo está em: http://resistir.info/crise/geab_20_p.html 

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