"Governo revela um "apetite voraz pelo controlo do Estado", acusa Marques Guedes, do PSD
Arrogância, falta de sentido de Estado, apropriação de empresas e órgãos independentes, confusão entre partido e Estado - as nomeações feitas pelo Executivo para órgãos estatais e instituições públicas conseguiram pôr ontem toda a oposição parlamentar a falar a uma voz. O motivo imediato foi a recente indicação do socialista Guilherme d'Oliveira Martins para a presidência do Tribunal de Contas (TC). Mas não só as intervenções de PSD, PCP, CDS e BE traduziram-se num verdadeiro "desfilar" de casos, da Caixa Geral de Depósitos à Galp, do deputado António Vitorino a uma ex-assessora do primeiro-ministro. Um dos ataques mais contundentes veio da bancada do PSD, pela voz do lÃder parlamentar, Marques Guedes, que acusou o Executivo socialista de estar a evidenciar um "apetite voraz para o controlo do Estado, saneando todos quantos encontra pela frente, para nos seus lugares colocar os que lhe são mais fiéis". Exemplo disso, disse o dirigente social-democrata, foi a nomeação de Oliveira Martins. Lembrando que ao TC cabe a fiscalização da actividade financeira do Governo, Marques Guedes defendeu que a escolha deste dirigente socialista "é uma machadada fatal na credibilidade das finanças públicas". Ressalvando que não está em causa a competência de Oliveira Martins, o lÃder parlamentar do PSD apontou as acusações para José Sócrates um primeiro-ministro que "perdeu a noção das coisas e se mostra deslumbrado pelo poder". Marques Guedes criticou também o lÃder do Executivo por se permitir "criar expressamente uma vaga na representação de Portugal em Bruxelas" para colocar uma colaboradora "que por razões pessoais queria deixar o PaÃs". Uma referência à ex-assessora de imprensa de Sócrates Maria Rui, contra- tada para o cargo de conse- lheira na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER). Na sequência desta intervenção foi a vez de o lÃder parlamentar do PCP lançar outro "caso" para o debate. Citando uma notÃcia avançada ontem pelo Jornal de Negócios, Bernardino Soares questionou a contratação do deputado socialista António Vitorino para representante do Estado nas negociações com a empresa italiana ENI, no âmbito do "processo de privatização" da Galp. Bernardino Soares anunciou que o PCP vai levar o caso à Comissão de Ética, dado que o estatuto dos deputados proÃbe relações contratuais entre o Estado (ou entidades tuteladas pelo Governo) e deputados ou empresas em que estes detenham uma "participação relevante". Também o CDS acusou o Executivo de "ultrapassar todas as marcas" no que respeita a nomeações partidárias. Galp, Caixa Geral de Depósitos, Ã�guas de Portugal, TAP, RTP e PT foram os casos apontadas por Pires de Lima, como exemplos de empresas de que o Governo se tenta "apropriar", em muitos casos substituindo administrações com "bons desempenhos" por "boys polÃticos". Criticando igualmente a nomeação de Oliveira Martins, Pires de Lima deixou uma pergunta "em Portugal vale tudo desde que se seja amigo de Sócrates?" A resposta à s crÃticas foi dada pelo lÃder parlamentar socialista. Alberto Martins acusou Marques Guedes de "défice de cultura democrática", por defender que "alguém, por ser ou estar próximo de um partido, é incapaz de exercer funções públicas com imparcialidade".FORÇAS ARMADAS. "
15/09/2005
"apetite voraz pelo controlo do Estado"
Colocado por Anónimo na quinta-feira, setembro 15, 2005
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1 comentário:
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