24/09/2005

Joaquim Pina Moura, o gestor político


A aproximação do actual presidente da Iberdrola Portugal, Joaquim Pina Moura, à segunda eléctrica espanhola remonta ao período em que tutelou a área da energia, durante o Governo de António Guterres. Foi nessa época que a Iberdrola entrou no capital da EDP e, mais tarde, na Galpenergia, em paralelo com os italianos da Eni, operação que chegou a ser alvo de um inquérito parlamentar.Apesar das fortes críticas que tem recebido da oposição por, enquanto deputado socialista e ex-ministro, procurar negociar com o actual Executivo, um reforço da Iberdrola no mercado nacional, Joaquim Pina Moura não recua.A Iberdrola foi um dos concorrentes que mais pressionou o Governo para anular o concurso para construção de novas centrais a gás natural, no qual recebeu metade da capacidade instalada solicitada.Está igualmente posicionada na corrida ao concurso para licenças eólicas, em parceria com a sua congénere espanhola Gamesa. Esta é, aliás, uma das áreas onde tem apostado forte no mercado nacional.Mas a grande ambição da Iberdrola, depois de ter fracassado a parceria com a EDP, onde ainda detém 5%, centra-se na Galpenergia.Joaquim Pina Moura quer que a Iberdrola seja parte activa no processo de reorganização empresarial que o Governo está a preparar há seis meses. Para tal, tem estabelecido contactos com diversos interessados na empresa, visando uma saída da Eni.

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